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Cineasta quer filmar no interior de uma anaconda

paul rosolie Paul Rosolie tem um sonho: ser engolido por uma anaconda e documentar o que se passa lá dentro. O cineasta pretende fazer um ‘fato à prova de cobra’ e deixar-se engolir para poder filmar no interior.

Um cineasta habituado a realizar documentários na Amazónia, onde já enfrentou perigos como o jaguar e o jacaré, quer agora filmar o interior de… uma anaconda.

Paul Rosolie, que se assume como “um naturalista do sul do Peru”, não é um desconhecido. Ainda no ano passado foi distinguido pela ONU, num concurso sobre florestas, pela curta-metragem ‘Um mundo nunca visto’. Agora, pretende fazer-se engolir por uma anaconda, desde que equipado com um ‘fato à prova de cobra’.

O anúncio fez relançar os debates sobre os limites dos documentários, em especial até onde pode e/ou deve ir o Homem na busca pelo entendimento das outras espécies.

Os encontros de outras espécies com as anacondas não costumam terminar bem, mas já foram documentados casos em que as presas foram engolidas vivas e conseguiram escapar num momento posterior.

Há, contudo, uma importante questão ética: quais os danos para a anaconda de engolir e vomitar um humano, ainda para mais com um ‘fato à prova de cobra’?

“A regurgitação e o vómito são para evitar ao máximo quando estamos a tratar de cobras”, alertaram já vários especialistas, explicando que as anacondas sofrem para repor os fluídos que gastam para regurgitar (a partir do esófago) ou vomitar (desde o estômago).

Existe ainda a possibilidade da anaconda não conseguir expulsar Paul Rosolie do seu interior, o que implica uma cirurgia potencialmente fatal para abrir a cobra.

O debate continua: o interesse do documentário justifica a dor e a potencial morte do animal?

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