Uma em cada três pessoas confunde sintomas da insuficiência cardíaca e e metade dos doentes com insuficiência cardíaca não sobrevive cinco anos após o diagnóstico.
Com o mote ‘Cuide da sua máquina’, a campanha pretende chamar a atenção da população portuguesa para sintomas que habitualmente não são associados a problemas do coração e que são os primeiros sinais de alerta para a insuficiência cardíaca.
Por exemplo, dificuldade em respirar (dispneia), membros inferiores inchados devido à acumulação de líquidos, fadiga intensa, tosse ou pieira, náuseas e aumento de peso.
A campanha e as suas atividades, que decorrem durante todo o mês, serão apresentadas no próximo dia 28 de abril, às 11h00, no Palácio Foz, em Lisboa.
Estima-se que uma em cada cinco pessoas irá desenvolver insuficiência cardíaca ao longo da sua vida, uma situação clínica debilitante, em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para todo o corpo.
“É urgente aumentar o reconhecimento e conhecimento público dos sintomas da insuficiência cardíaca. Apesar da melhoria de cuidados verificada nos últimos 20 anos, a mortalidade por insuficiência cardíaca permanece inaceitavelmente elevada, registando duas a três vezes mais mortes do que alguns tipos de cancro em estadios avançados, como o cancro da mama e o cancro do cólon. Por esse motivo, a Fundação Portuguesa de Cardiologia dedica este ano Maio, mês do Coração a fazer um alerta à população para conhecer a doença e não desvalorizar os primeiros sintomas”, explica Nuno Lousada, cardiologista e administrador da Fundação Portuguesa de Cardiologia.
Cinco anos é o tempo médio de vida para 50 por cento dos doentes, após o seu diagnóstico. Na maioria dos casos, ocorre porque o músculo cardíaco responsável pela ação de bombear o sangue enfraquece ao longo do tempo ou torna-se demasiado rígido.
Esta doença ocorre muitas vezes devido a lesão do músculo cardíaco, o que pode acontecer após um ataque cardíaco ou outra doença que afete o coração, ou devido a uma lesão continuada e mais gradual, como acontece na diabetes, hipertensão, doença arterial coronária, colesterol elevado, consumo excessivo de álcool ou abuso de drogas.
Na maioria dos casos, a insuficiência cardíaca não tem uma única causa.
O risco de desenvolver aumenta com a idade e, em geral, tem tendência a ser mais frequente nos homens do que nas mulheres. Cerca de 20 por cento das pessoas irá desenvolver insuficiência cardíaca nalguma altura das suas vidas.
A campanha do “Mês de Maio – Mês do Coração” decorre este ano em parceria com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Direção-Geral da Saúde e Associação Portuguesa de Seguradores.
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