Um dia após a Cimpor ter ‘caído’ nas mãos da Camargo Corrêa, as suas ações desceram 5,4 por cento, para os 5,15 euros, depois da operação da OPA lançada pela sua participada Intercement.
Na passada quarta-feira, a brasileira Camargo Corrêa passou a ter a participação maioritária da empresa, com 94,81 por cento do capital, o que corresponde a 95,69 por cento dos direitos de voto.
A cimenteira brasileira, que já era a maior acionista, ofereceu 5,50 euros por cada ação e conseguiu ainda que os acionistas portugueses mais importantes vendessem as suas participações, nomeadamente o Fundo de Pensões do BCP, o empresário Manuel Fino e a Caixa Geral de Depósitos, com 10,9 por cento, 9,8 por cento e 9,6 por cento.
Outro dos acionistas, a também brasileira Votorantim, não aceitou vender as suas ações, mas realizou uma operação de permuta de ativos com a Camargo Corrêa, sendo uma contrapartida da sua participação.
Já a Euronext Lisboa decidiu suspender temporariamente a participação da Cimpor no índice principal da bolsa nacional, a partir da próxima sexta-feira, embora o presidente da Intercement não se mostre satisfeito com esta operação, não querendo que a cimenteira saia da Bolsa de Lisboa.
A empresa, agora propriedade da Camargo Corrêa, é a cotada que encabeça as perdas entre o PSI 20, mas os títulos que mais contribuem para o desempenho negativo da bolsa de Lisboa são hoje os da Galp Energia que continuam a descer a 2,63 por cento, nos 9,50 euros, embora nos últimos dias tivesse grandes lucros.
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