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Cigarro eletrónico está a criar uma nova geração de fumadores

Especialistas afirmam que uma nova geração de fumadores se está a formar. Um em cada seis jovens americanos que frequentam o Ensino Secundário admitem ter utilizado o cigarro eletrónico no último mês. “O uso desses dispositivos têm aumentado nos últimos anos, com um crescimento de 900 por cento entre os estudantes do Secundário desde 2011 a 2015”, afirma Vivek Murthy, funcionária do US Surgeon General.

O uso dos cigarros eletrónicos está a difundir-se entre os jovens e deve ser considerado “uma questão preocupante para a saúde”, alertou a US Surgeon General, entidade que pertence ao USPHS, Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos, num relatório publicado ontem.

O relatório foi escrito e revisto por mais de 150 especialistas, que afirmam que o uso da nicotina em qualquer forma é perigoso e que o valor exalado no ar pelos usuários de cigarros eletrónicos pode expor as outras pessoas a produtos químicos nocivos.

No entanto, Murthy admite a existência de “evidências científicas incompletas” em relação aos perigos do uso destes aparelhos. “Por exemplo, os efeitos para a saúde e as doses potencialmente nocivas dos ingredientes constitutivos do cigarro eletrónico líquido – incluindo solventes, aromatizantes e tóxicos – não são completamente entendidos”.

A solução passa por regulamentações federais mais duras, com o aumento da idade mínima para a compra e campanhas nos media para educar o público.

Os cigarros eletrónicos contêm nicotina, uma substância que pode “causar dependência e prejudicar o desenvolvimento cerebral dos jovens”, alerta a especialista.

Por outro lado, especialistas britânicos interpretaram o relatório norte-americano de desencorajamento do uso dos cigarros eletrónicos como uma ameaça, uma vez que defendem que estes dispositivos ajudam os fumadores na sua transição até conseguirem parar de fumar.

“A nossa conclusão é de que o dispositivo gera um pequeno risco de vício, uma conclusão reiterada pelo Royal College of Physicians este ano”, afirma Kevin Fenton, diretor nacional de saúde e bem-estar do sistema de saúde público do Reino Unido.

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