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Cientistas travam perda da memória provocada por Alzheimer em ratos de laboratório

Investigadores espanhóis conseguiram reverter, pela primeira vez, a perda de memória em ratos que sofriam de Alzheimer. Os cientistas revelaram que esta terapia de genes pode abrir caminho para a criação de medicamentos capazes de tratar a doença.

Uma equipa de cientistas do Instituto de Neurociência da Universidade Autónoma de Barcelona anunciou que, através de um estudo em ratos de laboratório, foi possível inverter o processo de perda de memória decorrente da doença de Alzheimer, graças a uma terapia de genes.

Trata-se de um sinal encorajador, que abre caminho à criação de medicamentos, até agora inexistentes, para tratar aquela doença.

Para a realização desta pesquisa, os cientistas injetaram (em ratos que apresentavam os primeiros sinais de Alzheimer) um gene capaz de desencadear um processo de produção de uma proteína. Nos doentes de Alzheimer, este processo está bloqueado no hipocampo, a zona cerebral associada à memória.

De acordo com um comunicado da Universidade Autónoma de Barcelona, aquela proteína gerada a partir deste processo permitirá melhorar o desempenho da memória, a longo prazo.

“A proteína que foi reconstituída através da terapia de genes desencadeia os sinais necessários para activar os genes envolvidos na consolidação da memória de longo prazo”, pode ler-se, num comunicado a que a Lusa teve acesso.

Este estudo poderá levar à criação de fármacos capazes de ativar aqueles genes em seres humanos, o que – tal como sucedeu com os ratos, nesta investigação – permitiria que um dos efeitos da doença de Alzheimer (perda de memória) se revertesse.

Em todo o mundo há 35,6 milhões de pessoas com este problema de saúde, sendo que a Organização Mundial de Saúde prevê um aumento progressivo nos próximos anos, até aos 115 milhões de doentes em 2050.

Apesar de não haver cura para a doença de Alzheimer, diversos trabalhos de investigação permitiram adiar os seus efeitos, bem como melhorar os métodos de diagnóstico e os tratamentos.

Quanto mais precoce é o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento, com as perdas cognitivas a serem combatidas com eficácia. O estudo agora divulgado permite avançar mais rapidamente nesse sentido.

Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que ocorre quando as placas do peptídeo beta-amiloide se acumulam numa formação de emaranhados neurofibrilares (um conglomerado de pequenas fibras de proteína) no cérebro.

Como ainda não é conhecido este mecanismo, os investigadores tentam estabelecer relações genéticas que permitam explicar e posteriormente tratar a doença. Esse avanço foi conseguido com este trabalho dos cientistas espanhóis.

Redação

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