Ciência

Cientistas provam que a doença de Parkinson tem início no intestino e não no cérebro

Uma equipa de cientistas fez uma descoberta que pode alterar tudo aquilo que pensávamos acerca da doença de Parkinson.

Os cientistas descobriram que a doença de Parkinson poderá ser provocada devido a danos no intestino e não no cérebro como se pensava.

A doença de Parkinson caracteriza-se por ser uma doença degenerativa, com a morte de neurónios no cérebro, tremores, rigidez e problemas de mobilidade.

Apesar de existirem medicamentos disponíveis para o combate da doença, estes tornam-se menos eficazes à medida que a doença se desenvolve.

Os cientistas acreditam que esta descoberta poderá abrir o caminho para o desenvolvimento no combate da doença, prevenindo que esta apareça antes dos sintomas, ao direcionar os tratamentos para o sistema digestivo antes da doença chegar ao cérebro.

A doença de Parkinson também se carateriza pelo depósito de fibras insolúveis de uma substância chamada sinucleína, que geralmente são encontradas em células nervosas saudáveis. Nas pessoas que sofrem da doença, existe algo que faz com que as moléculas de sinucleína se deformem, tornando-se em aglomerados como fibras.

Há uma década atrás surgiram as primeiras indicações de que a doença poderia começar fora do cérebro, quando os patologistas afirmaram ter visto as fibras sinucleínas nos nervos do intestino, tanto de pessoas com Parkinson como naquelas sem sintomas, mas que tinham as fibras no cérebro.

O cientista Collin Challis, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, e o resto da equipa injetaram fibras de sinucleína no estômago e intestino de roedores.

Após três semanas, as fibras estavam já na base do cérebro e dois meses depois tinham-se instalado nas partes do cérebro que controlam o movimento.

Deste modo, as primeiras provas apontam para que as pessoas com Parkinson têm bactérias intestinais diferentes das que têm as pessoas saudáveis.

Segundo o ‘Daily Mail’, alguns médicos já começaram a experimentar o tratamento de pacientes com antibióticos ou transplantes fecais.

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