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Cidadãos manifestam-se hoje contra programa “Arrábida sem carros” em Setúbal

Um grupo de cidadão organiza hoje, pelas 10:30, um protesto em Setúbal contra o programa “Arrábida sem carros”, para manifestar o seu descontentamento relativamente à solução encontrada pela Câmara Municipal para aceder às praias.

A manifestação vai decorrer na Praça Du Bocage e Paulo Pisco, um dos membros do grupo criado na rede social Facebook com o nome “Praia na Praça”, explicou à Lusa que o movimento expressa “o descontentamento da população de Setúbal em relação às medidas anunciadas pela Câmara Municipal de Setúbal para a gestão dos acessos às praias”.

A autarquia lançou, em 31 de maio, o programa “Arrábida sem carros”, que pretende limitar o acesso de viaturas de transporte particular às praias da margem direita do rio Sado.

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, clarificou que o programa visa “acabar com o caos e a falta de condições de segurança no acesso às praias na serra da Arrábida”.

Durante a época balnear, no troço da Estrada Nacional 379-1 compreendido entre a praia da Figueirinha e o portinho da Arrábida, apenas vai ser permitida a circulação de viaturas de residentes, viaturas em serviço devidamente autorizadas, transportes públicos e viaturas de emergência e socorro.

“Aquilo que pretendemos é dizer que não aceitamos esta decisão imposta sem ouvir e auscultar os setubalenses. Achamos que há outras possibilidades, isto não é uma inevitabilidade, […] mesmo tendo acontecido o que aconteceu no ano passado”, referiu, Paulo Pisco, referindo-se ao caos no estacionamento e no trânsito junto às praias.

O representante admitiu que “houve abusos por parte dos automobilistas”, mas lembrou que as praias ganharam mais notoriedade com a eleição da praia de Galapinhos como a melhor da Europa.

O membro do grupo “Praia na Praça” referiu que em 31 de maio, dia em que entrou em vigor medida camarária, fez uma volta pela Estrada Nacional 379-1 e constatou a existência de “três postos com cancelas para barrar a passagem de trânsito”, cada uma com “um patrulheiro da câmara municipal e um GNR”.

Paulo Pisco esclareceu ainda que o movimento “não está contra a autarquia, nem contra a melhoria da acessibilidade da Arrábida, mas contra as medidas específicas” encontradas como solução, considerando que “há alternativas”.

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