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Cibercrime vai tornar-se mais perigoso que terrorismo, defende FBI

cibercrimeEmbora a organização norte-americana tenha atualmente mais de mil agentes a trabalharem no combate ao cibercrime, o responsável do FBI acredita que, em breve, esta ameaça se torne mais grave que o terrorismo e que as organizações que a propaguem possam vir a ser equiparadas a grupos organizados mundialmente conhecidos, como a Al Qaeda.

Quem o diz é Robert Mueller, que participou num encontro na cidade de São Francisco, Estados Unidos: “Num futuro muito próximo está previsto que o cibercrime seja a nossa principal ameaça, maior que o terrorismo”, afirma o Diretor do Federal Bureau of Investigation (FBI).

Para Mueller parece ser tudo uma questão de tempo visto que, até à data, os hackers ainda não se ‘lembraram’ de fazer uma ofensiva à escada mundial. Caso isso aconteça, é à partida uma certeza que os prejuízos causados sejam bastante superiores a um 11 de setembro, por exemplo.

O FBI criou, precisamente a seguir a essa fatídico dia, cerca de uma centena de organismos de combate ao terrorismo, mas sempre deixou de parte a ameaça do cibercrime. Contudo, a organização norte-americana está agora a preparar uma estratégia idêntica, mas desta vez com agentes preparados para lidarem com ameaças vindas da rede.

Ciberterrorismo, hackering, querem mais ou menos dizer o mesmo e são já expressões presentes no nosso quotidiano. Por todo o mundo são cada vez mais, que como forma de protesto ou por vezes por apenas divertimento, violam fortes medidas de segurança de vários sistemas informáticos e entram sem pedir permissão. O grupo Anonymous, por exemplo, é dos grupos mais organizados e tem ramificações espalhadas por todo o planeta. Numa história recente, esta organização de hackers foi responsável por ataques a grandes empresas norte-americanas e até a instituições governamentais, bancos, entre outras. Basicamente, abrem guerra a quem lhes tenta dificultar a vida, são contra projetos como o ACTA ou o SOPA, e não olham normalmente a meios para atingirem os seus fins. Além disso, têm um apoio vindo de grande parte dos utilizadores, que por norma também não têm uma opinião muito favorável relativamente a grandes instituições, sejam elas governamentais ou não.

Ainda esta semana, o FBI conseguiu deter quatro membros que estariam a colaborar com o grupo hacker Anonymous. Todos eles a partir de Espanha. Saiba mais aqui.

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