Economia

Christine Lagarde alerta EUA para perigo de contágio da crise europeia

chistine_lagarde_1A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alerta os EUA para os efeitos colaterais da grave crise económica da Europa. “A crise europeia, se não for ultrapassada, terá consequências negativas em diversas economias, incluindo a dos Estados Unidos da América”, afirmou Lagarde.

A forte ligação entre as economias da Europa e dos EUA poderá levar a que os norte-americanos sintam efeitos negativos no seu crescimento, sustenta a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, em entrevista à CBS.

“Vinte por cento das exportações norte-americanas têm como destino a Europa. Há uma ligação muito forte entre os bancos dos EUA e os bancos europeus. Há inúmeros trabalhadores europeus que são empregados por empresas norte-americanas e vice-versa. A crise da Europa arrastará a economia dos Estados Unidos”, avisou Lagarde.

Esta afirmação de Lagarde surge numa altura em que os norte-americanos se mostram céticos sobre a ajuda à Zona Euro. A diretora do FMI, sucessora de Dominique Strauss-Kahn, salienta que o Fundo Monetário Internacional deve comportar-se como um “bombeiro” da economia global, apoiando quem precisa, em nome da estabilidade económica mundial.

“O Fundo Monetário Internacional é como um corpo de bombeiros, quando existe uma crise económica. Tenta apagar o fogo, com regras, recorrendo aos fundos disponíveis, que são sempre pagos pelos devedores”, salientou Christine Lagarde.

Apesar de alertar para o perigo de contágio da crise europeia, Lagarde mostra-se “razoavelmente otimista e, por vezes, desesperadamente otimista”, acreditando que “os países vão entender que podem realmente mudar o rumo económico”.

No seio dos EUA, a responsável máxima do FMI acredita que democratas e republicanos possam chegar a um entendimento no esforço de reduzir o défice, o que representaria um sinal de tranquilidade aos mercados, “algo que é muito importante, nesta altura”.

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