A antiga militar norte-americana Chelsea Manning foi libertada esta quinta-feira, dois meses depois de ter sido detida por recusar testemunhar num caso contra a WikiLeaks, noticiou a agência Associated Press.
Manning passou 62 dias num centro de detenção na cidade de Alexandria, no estado norte-americano da Virginia, sob acusações de desobediência depois de ter recusado testemunhar perante um grande júri que investiga a WikiLeaks.
“O mandato do grande júri expirou hoje [quinta-feira], e assim, após 62 dias (…) Chelsea foi libertada”, refere um comunicado publicado na conta do twitter da antiga analista militar, assinado pelos advogados.
A defesa teme, no entanto, que a liberdade seja de curta duração. Manning já recebeu nova intimação judicial para testemunhar daqui a uma semana, no próximo dia 16, mas os advogados garantem que a posição da antiga militar não irá mudar.
“Chelsea vai continuar a recusar testemunhar e usará toda a defesa legal disponível para provar (…) que a sua recusa tem justa causa”, lê-se na mesma nota.
Condenada em 2013 a 35 anos de prisão por remeter mais de 700 mil documentos confidenciais para a Wikileaks sobre as guerras no Iraque e Afeganistão, a militar transexual, que antes se chamava Bradley Manning, passou sete anos encarcerada, antes da pena ter sido comutada pelo então Presidente Barack Obama.
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