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Cheias e secas ameaçam metas do desenvolvimento sustentável de Angola

O chefe da missão da ONU em Luanda alertou hoje que o ciclo recorrente das cheias e das secas que afetam negativamente as populações do sul de Angola podem comprometer as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Pier Paulo Balladeli discursava na abertura do Seminário Nacional Sobre a Redução de Riscos de Desastres, organizado pelo Serviço de Proteção Civil e Bombeiros (SPCB) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e que decorre até 31 do corrente mês em Luanda, tendo ressalvado que o ciclo afeta sobretudo o crescimento económico.

Balladeli realçou, porém, a importância de se garantir que o risco de desastre e o impacto das mudanças climáticas não comprometam os esforços dos países e das organizações internacionais para que se alcancem os ODS.

Para o responsável da ONU em Angola, o número de desastres e a magnitude dos seus impactos no mundo tem aumentado constantemente nas últimas décadas, fruto das alterações climáticas, com perdas e prejuízos a nível mundial estimados em cerca de 300.000 milhões de dólares por ano.

“As cheias são o risco natural predominante em Angola, afetando anualmente, em média, cerca de 100 mil pessoas, aproximadamente 0,4 por cento da população total do país”, exemplificou.

Balladeli elogiou o facto de o Governo angolano, com o apoio da ONU e de outras organizações internacionais, estar empenhado na implementação do Acordo Quadro de Sendai, para a redução de risco de desastres, e do Acordo de Paris, sobre alterações climáticas, para alcançar o crescimento económico.

O chefe da missão da ONU em Luanda lembrou que os perfis de risco probabilístico para o país, elaborados em conjunto pelo Escritório das Nações Unidas para Redução de Risco e de Desastres (UNISDR) e pelo Centro Internacional de Monitorização Ambiental da Itália (CIMA – Research Foundation), deverão constituir a base para uma análise no orçamento nacional.

Para Balladeli, a redução dos riscos e desastres também só é viável se os Ministérios da Saúde, Educação, Ação Social, Família e Promoção da Mulher, bem como o do Ordenamento do Território, trabalharem em coordenação neste combate.

O diplomata italiano salientou que o Governo angolano e a ONU estão a definir as prioridades nacionais, as estratégias de desenvolvimento e os planos para o próximo quadro de parceria com as Nações Unidas (UNPAF) 2020-2023, bem como o apoio à implementação de estruturas globais definidas na Agenda 2063.

O representante da ONU lembrou que a África foi o primeiro continente a aprovar uma posição comum sobre o “Acordo Quadro Pós 2015 para a Redução do Risco”, através da Declaração de Yaoundé, conhecido como o plano de implementação do Acordo Quadro Sendai para reduzir os riscos e desastres 2015-2030.

A abertura do seminário contou com a presença das ministras angolanas da Educação, Cândida Teixeira, da Ação Social, Família e Promoção da Mulher, Vitória da Conceição, e do Ordenamento do Território, Ana Paula de Carvalho, bem como outros representantes da ONU e do corpo diplomático acreditado em Luanda.

Lusa

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Lusa

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