Vítor Gaspar, ministro das Finanças, revelou hoje que “chegou o momento do investimento”, “depois da diminuição do défice orçamental e da estabilização financeira”. Após o Conselho de Ministros, Vítor Gaspar elencou medidas de apoio ao financiamento das empresas, para “combater o desemprego” e “fomentar o crescimento”.
O Conselho de Ministros aprovou hoje um pacote de incentivos fiscais ao investimento. Os resultados foram apresentados pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e pelo titular da pasta da Economia, Álvaro Santos Pereira, em Lisboa.
As medidas aprovadas hoje têm como objetivo relançar o investimento económico e criar emprego. “Chegou o momento do investimento. Depois da diminuição do défice orçamental e da estabilização financeira, chegou, e repito, o momento do investimento”, começou por dizer Vítor Gaspar, em conferência de Imprensa.
Vítor Gaspar revelou que Portugal “terá de cumprir os limites quantitativos do programa” acordado com a troika, para que “seja libertada a oitava tranche”, após a qual o país terá recebido “cerca de 66 mil milhões de euros”.
O ministro das Finanças alertou, por outro lado, para a “hostilização dos credores”, que “estará associada a custos e instabilidade consideráveis para um país devedor”.
Segundo o ministro, Portugal estará em condições de sair de forma sustentada do programa de ajustamento em junho de 2014. “Temos agora condições que permitem iniciar a recuperação da atividade económica, fomentando o crescimento e o emprego”, revelou.
O Governo vai assim avançar com um pacote de medidas que visa a recuperação da atividade económica, através do investimento privado produtivo. Esta nova fase do ajustamento pretende assegurar financiamento às empresas e o apoio à industrialização e exportações.
O KFW, Banco de Desenvolvimento alemão, “vai dar apoio técnico e financeiro às empresas portuguesas e colaborará com o Governo”, sendo que será celebrado um acordo com Portugal.
O Conselho Ministros aprovou um conjunto de medidas para a promoção imediata do investimento produtivo, entre as quais um novo crédito fiscal extraordinário, “sem precedentes em Portugal”, no que diz respeito ao incentivo fiscal ao desenvolvimento.