Chefe de Estado acha jogo aborrecido e ordena fim aos 63 minutos

Já viu tudo no futebol? Provavelmente, nada comparável ao que sucedeu na Supertaça da Mauritânia, no estádio municipal de Nouadhibou. O Presidente Mohamed Ould Abdel Aziz estava farto da partida e ordenou que a mesma terminasse aos 63 minutos. A federação nega, mas não convence.

Jogo entre o Tevragh-Zeina e o ACS Ksar, na Supertaça da Mauritânia, é decidido nos penáltis, após 63 minutos de tédio e por ordem presidencial.

O chefe de Estado manda mais do que o árbitro? Quando se misturam competências, algo que deverá ter sucedido na Mauritânia, a resposta é só uma: sim.

Mohamed Ould Abdel Aziz terá determinado o final precoce do jogo, quando o cronómetro rondava os 60 minutos, alegadamente por estar farto do espetáculo.

De acordo com a imprensa local, a decisão estranha do árbitro (aos 63 minutos deu o apito final e apontou para a marca das grandes penalidades) surgiu após ordem do chefe de Estado.

O Presidente foi radical, até porque temia que o jogo entediante tivesse prolongamento. Assim, evitou esse cenário, aos 18 minutos da segunda parte, e o jogo foi para penáltis.

A federação da Mauritânia comentou o incidente e negou a teoria de que Abdel Aziz tenha tido responsabilidade neste caso.

“Desminto a intervenção do Presidente da República. A decisão foi tomada por questões organizacionais e acordada entre presidentes e treinadores das duas equipas”, revelou Ahmed Ould Abderrahmane, líder da federação.

Certo é que alguns órgãos de comunicação social garantem o contrário. Abderrahmane contrapõe e lembra que as duas equipas chegaram atrasadas ao estádio.

Mas diz também que a agenda do presidente estava preenchida e, se o encontro terminasse após prolongamento, haveria o risco de não poder entregar as medalhas ao vencedor.

E o vencedor foi o Tevraigh-Zeina, que ganhou por 5-4 e garantiu o troféu. Legítimo? A federação garante que não há nada no regulamento que impeça que o árbitro termine o encontro antes do tempo..