Fórmula 1

Chefe da Williams contra o poder de veto da Ferrari

Claire Williams disse no Mónaco, durante uma conferência de imprensa, que é abertamente contra o poder de veto da Ferrari na Fórmula 1.

Atualmente a equipa de Maranello é a única a poder bloquear quaisquer modificações regulamentares na disciplina que considere contrários aos interesses da F1.

Em Barcelona, aquando do Grande Prémio de Espanha, Mattia Binotto, diretor da Ferrari, disse que esta vantagem da ‘Scuderia’ não a protegia só a ela mas também as restantes equipas. Algo que a chefe da Williams refutou agora no Principado.

“Para ser honesta acho isso absurdo. Penso que há um problema na nossa disciplina que é bem democrático. Sempre foi pela abertura. A F1 e a FIA deviam ter mais poder relativamente ao regulamento. É gerida de forma demasiado colegial, o que é prejudicial quando temos a nossa própria agenda”, defendeu Claire Williams.

A responsável pela equipa de Grove enfatizou: “Devemos refletir sobre o futuro na nossa disciplina e a sua continuidade, protegê-la a ela e ao seu ADN, e isso é muito difícil de fazer-se através de um comité. Não acredito numa equipa com poder de veto. Isso não faz qualquer sentido”.

Cyril Abiteboul, líder da equipa Renault, pareceu concordar com a responsável da Williams, ao referir que “é preciso progredir sem estar numa atitude defensiva”, e que “provavelmente não é uma boa coisa que uma estrutura tenha a capacidade de bloquear um processo que pode ser positivo para toda a disciplina”.

“Nós reconhecemos o valor específico da Ferrari neste desporto, que poderá provavelmente estar refletido nos acordos comerciais, mais do que na forma como a disciplina é governada”, considerou o francês.

Também Zak Brown, diretor executivo da McLaren, se manifestou várias vezes contrário aos direitos especiais da Ferrari, e aproveitou a ‘deixa’ da sua colega da Williams para confirmar a sua posição: “É muito amável que ele (Mattia Binotto) de se propor defender os interesses das equipas, mas creio que os nossos interesses são variados e preferimos representar-nos a nós próprios em todas as negociações”.

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