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Chapéu com hélices nas crianças foi iniciativa “divertida, lúdica e didática”

Cerca de 300 crianças do pré-escolar de Arcos de Valdevez criaram chapéus com hélices, numa iniciativa com caráter pedagógico para promover o distanciamento social. A ação foi alvo de críticas, agora rebatidas pela vereadora da Educação, Emília Cerdeira, em declarações à agência Lusa.

Em virtude da pandemia, cerca de 300 crianças criaram chapéus, semelhantes a hélices, que tinham como propósito ajudá-las a cumprir o distanciamento social. Só que a ação não foi bem acolhida e gerou críticas, nas redes sociais, onde o município partilhou imagens de algumas crianças.

Confrontada com essa controvérsia, Emília Cerdeira confessa que “inicialmente não estava a conseguir perceber”. Só depois, “fazendo uma leitura mais profunda”, considerou que “as pessoas ficaram com a sensação de que as crianças tiveram de usar o chapéu todo o dia, porque há fotografias dentro da sala de aula, com os chapéus”. Ora, “isso não aconteceu”, refere, defendendo a medida.

“O chapéu com hélices não é para usar na escola. Foi levado para casa, até para explicarem aos pais, tal como já aconteceu com outras temáticas como a reciclagem, a separação do lixo e ou a poupança da água, o porquê do afastamento social”, explica, à agência Lusa, a vereadora da Educação da Câmara de Arcos de Valdevez.

“De uma forma divertida, lúdica e didática, as crianças perceberem que, num momento em que o desconfinamento está a acontecer, o distanciamento social tem de continuar a existir.  Não entre eles, nem pouco mais ou menos, mas entre as pessoas. Perceberem porque não podem visitar e dar um abraço aos avós, se não coabitarem diariamente com eles, por que razão, na rua, as pessoas que estão nas filas, têm de estar a uma distância segura”, referiu.

A iniciativa, que implicou um investimento de 1500 euros em material para que as crianças construíssem os seus chapéus, teve como objetivo “assinalar o Dia Mundial da Criança que, este ano, coincidiu com o regresso das crianças à escola”.

Emília Cerdeira insiste que o projeto cumpriu os seus propósitos e que as crianças “perceberem o lado positivo”.

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