Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, deixou uma promessa aos trabalhadores que é também um aviso ao Governo. Em 2019 vamos ter “um ano quentinho”.
Em entrevista ao I, o sindicalista anunciou “um ano muito animado do ponto de vista reivindicativo”.
A primeira greve está já marcada para 3 e 4 de janeiro, na Rodoviária do Tejo, enquanto os enfermeiros já anunciaram mais 45 dias de paralisação.
Estão ainda previstas greves, em fevereiro ou março, “nalgumas empresas de metalurgia e indústria” e nos centros de contacto da Altice e da Fidelidade.
Antes, em janeiro, a função pública deverá dar sequência a alguns protestos que têm marcado este final de 2018.
Isto porque há muitas “expectativas frustradas”, como reforçou José Abraão, secretário-geral da FESAP.
“Não há grande alternativa que não seja o respeito pelos sindicatos e pela negociação coletiva”, alertou o sindicalista.
As declarações de Arménio Carlos e José Abraão sucedem ao discurso do “processo de crescimento” do ministro das Finanças, Mário Centeno, proferido dias antes do Natal.
“No quadro em que a economia continua a evoluir não faz sentido que continuemos a ter contratação coletiva bloqueada e os salários estagnados”, insistiu o líder da CGTP.
Saúde, Educação, Justiça e Transportes serão os setores onde a contestação social deverá atingir uma maior expressividade.
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