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CGTP pede intervenção do Governo na Soares da Costa

A CGTP pediu hoje a intervenção do Governo no sentido de clarificar a situação da construtora Soares da Costa e de garantir aos seus trabalhadores o pagamento urgente das remunerações em atraso há mais de um ano.

“Tem de haver uma intervenção urgente do Estado, porque o processo da Soares da Costa tem de ser clarificado e resolvido, sem mais arrastamentos, pois os trabalhadores não aguentam esperar mais”, disse à agência Lusa o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, no final de uma reunião com a secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann.

A CGTP-IN pediu a reunião à secretária de Estado da Indústria para lhe dar conta das dificuldades que os trabalhadores da Soares da Costa estão a passar e para perguntar se os créditos da construtora em Angola fazem parte da lista que o Governo angolano assumiu perante o executivo português.

“A senhora secretária de Estado ficou de contactar o gabinete do primeiro ministro para saber se este assunto foi abordado durante a recente visita de António Costa a Angola”, disse Arménio Carlos.

Segundo o sindicalista, a delegação da Intersindical pediu ainda a marcação de uma reunião urgente entre o ministro do Trabalho, representantes da empresa e das organizações sindicais que representam os cerca de 1.000 trabalhadores que estão sem receber há mais de um ano.

“Queremos saber qual vai ser o futuro da empresa, quando vão ser pagos os créditos aos trabalhadores e queremos medidas sociais para os que estão prestes a esgotar o subsídio de desemprego e para os que têm condições para se reformar”, disse Arménio Carlos.

O líder da Inter defendeu que os trabalhadores da Soares da Costa que têm uma longa carreira contributiva deveriam poder reformar-se sem penalizações.

Os trabalhadores da Soares da Costa com remunerações em atraso optaram por suspender o respetivo contrato de trabalho para poderem ter acesso ao subsídio de desemprego.

De acordo com Arménio Carlos, a Soares da Costa “está praticamente inativa”, mantendo ao serviço cerca de 50 trabalhadores em Angola e 80 administrativos e técnicos.

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