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CGTP pede combate a maiorias absolutas que são desfavoráveis aos trabalhadores

O líder da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), Arménio Carlos, defendeu hoje o combate a maiorias absolutas no parlamento que, independentemente do partido, são “desfavoráveis” à classe trabalhadora, e vincou ser “hora de ação” para exigir melhores condições.

“Nunca, mas nunca essa maioria absoluta se mostrou favorável aos trabalhadores”, independentemente de ser “do PS ou do PSD/CDS”, declarou o dirigente sindical, no final da manifestação nacional da CGTP, em Lisboa.

Falando na praça dos Restauradores, perante milhares de trabalhadores de todo o país que hoje se juntaram na capital, Arménio Carlos vincou: “E se dúvidas subsistissem, convém recordar que se houve avanços em relação a algumas matérias [desde 2015] só foram possíveis, porque o Governo do PS não teve maioria absoluta e teve de negociar com o PCP, o BE e o PEV”.

“Saibamos estar atentos, passar a mensagem e estimular os nossos trabalhadores a que nos próximos tempos desenvolvam a luta”, sublinhou, realçando que “a hora é de ação, reivindicação e luta nos locais de trabalho e na rua, para assegurar a resposta necessária que os trabalhadores reclamam e o país precisa”.

A seu ver, “esta intervenção vai ser determinante nos próximos atos eleitorais”, como as eleições legislativas de 2019.

Como principais reivindicações, Arménio Carlos elencou desde logo a necessidade de “travar a proposta de lei do Governo do PS” sobre a lei laboral, que “acentua o desequilíbrio de forças a favor do patronato”, causando ainda “impactos negativos que esta proposta tem para o bem-estar dos trabalhadores e das suas famílias”.

Por isso, pediu aos deputados socialistas: “Votem contra”.

Outra das reivindicações é a subida do salário mínimo nacional de 600 euros para 650 euros.

“Para acabar com salários baixos e promover uma justa distribuição da riqueza, é preciso que respondam positivamente à exigência do aumento geral dos salários”, avisou Arménio Carlos.

E exigiu ainda: “A proposta de Orçamento do Estado para 2019 do Governo do PS precisa de ir mais além”.

Na ação de hoje, participaram trabalhadores vindos de todo o país, em mais de 100 autocarros e em dois comboios provenientes do Porto, a par de dezenas de milhares da zona de Lisboa e arredores, que se deslocam em transportes públicos ou em transporte próprio.

Estes manifestantes eram, também, de vários setores, como dos serviços, da limpeza, da administração local e pública, da logística, da banca e dos serviços.

Aludindo à participação de funcionários do Novo Banco, Arménio Carlos destacou que “foi a primeira vez que estes trabalhadores fizeram greve e estão em conjunto na greve da CGTP”.

O percurso começou na praça Marquês de Pombal e terminou nos Restauradores, com a intervenção do líder da CGTP perante a Avenida da Liberdade cheia de manifestantes.

Arménio Carlos terminou a sua intervenção citando o poeta brasileiro Vinicius de Morais, para mostrar solidariedade com o “povo brasileiro que se vê confrontado com ideias ‘pseudofascistas'”, numa alusão à eleição de Jair Bolsonaro para Presidente.

“A única coisa que cai do céu é a chuva, o resto é luta”, concluiu, lendo a frase do poeta.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: CGTPhome

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