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CGTP e UGT: Greve geral avança sem data marcada

indignados_ar4CGTP e UGT convocam greve geral. Carvalho da Silva e João Proença justificam a paralisação com as medidas do Governo previstas no Orçamento de Estado para 2012, que encerram “injustiça” para os trabalhadores, “agravam a crise, provocam desemprego e violam a Constituição da República”. Reunião entre as centrais sindicais só não definiu a data da manifestação.

A proposta será levada aos órgãos diretivos das centrais sindicais, que hoje anunciaram, em conferência de imprensa, uma greve geral contra o pacote de austeridade adicional proposto pelo Governo de Passos Coelho.

Segundo Carvalho da Silva, líder da CGTP, perante “medidas injustas e violentas”, não resta outro caminho aos sindicatos que não seja chamar os trabalhadores para uma paralisação nacional, cuja data será definida pelos órgãos diretivos.

“Estamos perante um plano de austeridade que compromete o desenvolvimento do país, agrava crise, provoca desemprego e viola direitos fundamentais, de direitos da contratação coletiva e dos direitos previstos na Constituição”, resume Carvalho da Silva.

O sindicalista salienta que “em menos de dois anos, os trabalhadores da Administração Pública sofreram um corte de 25 por cento da sua remuneração”. Por outro lado, argumenta, “há medidas que “empobrecem pensionistas e trabalhadores”, e que vão conduzir a um “aumento de desemprego”.

“Os impactos de agravamento de horário de salário só geram mais problemas de desemprego. E a falta de resposta leva a que deixemos um apelo fortíssimo aos trabalhadores: é preciso indignarmo-nos. Nessa unidade da ação, vamos trabalhar e que leva ao compromisso de avançarmos com uma greve geral”, referiu Carvalho da Silva.

“Brutal aumento de desemprego”

Por seu turno, o líder da União Geral de Trabalhadores, João Proença, revelou que na reunião entre as centrais sindicais verificou-se “um grande grau de convergência” em termos de preocupações. “Todos os dias são exigidos sacrifícios aos mesmos: trabalhadores e pensionistas”, destaca.

Estes sacrifícios “estão a agravar as desigualdades” em Portugal. “Há quem esteja a empobrecer muito, quem esteja e perder poder de compra e há quem esteja a ganhar com a crise”, salientou o secretário-geral da UGT.

Nesse sentido, “é inaceitável que o Orçamento de Estado preveja medidas que apontam para um agravamento da pobreza. “Vai haver um brutal aumento do desemprego. O Governo foi eleito para cumprir um programa e não está a fazê-lo. Foi eleito para retirar o país da crise, mas toma medidas que não vão retirar o país desse cenário”, refere.

“É preciso que se diminua a conflitualidade em Portugal”, sublinha João Proença, que culpa o Governo de Passos Coelho. A greve geral não tem data definida, devendo ser conhecida na próxima quarta-feira.

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