A ONU quer um cessar-fogo “imediato e incondicional” na Faixa de Gaza. Apesar do “sério interesse” de ambas as partes envolvidas no conflito, ainda não foi acordado quando será feita uma “pausa humanitária” nos confrontos. E aproxima-se uma festividade muçulmana…

Quando se aproxima a festa do Eil ul-Fitr, a festividade muçulmana que assinala o fim do Ramadão, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) voltou a exigir, durante a madruguda de hoje, um “cessar-fogo humanitário imediato e incondicional” na Faixa de Gaza.

Todos os 15 membros do Conselho de Segurança votaram a favor de uma “pausa humanitária” nos confrontos entre Israel e os rebeldes palestinianos, inserida na proposta do Egito para um cessar-fogo que dê início a um acordo de paz duradouro.

O secretário-geral da ONU reconheceu que as duas partes em confronto “expressaram sério interesse” na realização de um novo cessar-fogo de 24 horas, só que “ainda não concordaram com o momento para a sua implementação”.

Da reunião de emergência, que terminou apenas na madrugada de hoje, os membros do Conselho de Seguraram expressaram, na declaração final, um “forte apoio a um cessar-fogo humanitário e sem condições, que permita proporcionar uma ajuda indispensável e urgente”.

Com o Eid el-Fitr a aproximar-se, a ONU pretende que as duas fações em confronto “respeitem plenamente o direito internacional e especialmente o que diz respeito à proteção dos civis”, assim como “a necessidade de proporcionar imediatamente ajuda humanitária”.

As reações não se fizeram esperar. Israel criticou, através do embaixador da ONU, Ron Prosor, o facto da declaração “não mencionar nem o Hamas, nem os seus disparos de foguetes, nem o direito de Israel se defender”.

Da parte da Palestina, o embaixador na ONU, Riyad Mansour, lamentou que a ONU se tinha ficado por um declaração, exigindo uma resolução formal que obrigue o exército israelita a retirar-se de Gaza.