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Cerca de dois terços de inquiridos contra Presidente Trump no caso ucraniano

O Presidente dos EUA, Donald Trump, agiu incorretamente quando pediu ao Governo ucraniano para investigar o seu adversário político Joe Biden, de acordo com 70 por cento dos entrevistados por uma agência de sondagens.

A sondagem divulgada hoje pela estação televisiva ABC também revela que 51 por cento dos inquiridos pensam que, para além do comportamento do Presidente norte-americano ser errado, Trump deve ser julgado politicamente no Senado e, em seguida, demitido.

O Presidente Donald Trump está sob investigação num inquérito para destituição no Congresso dos EUA, acusado de abuso de poder no exercício do cargo de Presidente por alegadamente ter pressionado o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, a investigar as atividades junto de uma empresa da Ucrânia do filho do ex-vice-Presidente norte-americano e rival político nas eleições de 2020 Joe Biden.

O inquérito procura averiguar se houve uma exigência de troca (“quid pro quo”) entre a atribuição de uma ajuda financeira militar dos EUA e a realização da investigação à família de Joe Biden, que, para o Partido Democrata, constitui base para o inquérito, cujas sessões públicas arrancaram na semana passada e cujos artigos terão de ser votados por maioria simples na Câmara de Representantes antes de seguir para o Senado, onde será necessária uma maioria de 2/3 para a remoção de Trump do cargo de Presidente.

Contudo, o facto de o Senado ser controlado maioritariamente pelo Partido Republicano, que apoia Trump, retira exequibilidade ao cenário traçado por metade dos inquiridos na sondagem divulgada pela ABC.

Aliás, Donald Trump usou hoje a sua conta pessoal na rede social Twitter para dizer que, graças aos esforços dos Democratas no inquérito para destituição, “Republicanos nunca estiveram tão unidos como agora”.

Segundo o ‘tweet’ do Presidente, 95 dos Republicanos apoiam-no face “a esta enorme fraude jogada contra o povo americano pelos meios de comunicação das ‘Fake News’ e os seus parceiros, os Democratas que nada fazem”.

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