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Cerca de 460 mil associados votam hoje nas eleições da Associação Mutualista Montepio

Cerca de 460 mil associados escolhem hoje entre três listas à liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), eleições que têm como pano de fundo investigações judiciais.

A lista A é encabeçada pelo atual líder da AMMG, António Tomás Correia que, em resposta a perguntas colocadas pela Lusa, prevê um “futuro de grande exigência” face à nova supervisão financeira da instituição, que garante estar “bem capitalizada”, e aguarda “com total serenidade” as investigações em curso. Recorde-se que foi noticiado o envolvimento do presidente da Associação em processos em investigação na Justiça e em análise no Banco de Portugal por eventuais irregularidades no Montepio.

A lista B tem como principal figura Ribeiro Mendes que há três anos integrou a equipa de Tomás Correia e é, atualmente, administrador da mutualista, mas crítico da atual liderança. Este responsável promete, em entrevista à Lusa, uma gestão “segura” dos fundos mutualistas, em oposição aos “desvarios” passados que levaram à “muito preocupante” situação financeira atual.

A lista C conta com a liderança de António Godinho, que ficou em segundo lugar nas últimas eleições. Os responsáveis pela candidatura garantem à Lusa: “Uma auditoria interna que nos permita avaliar a situação real da associação, a par de auscultarmos o Conselho de Administração Executivo da Caixa Económica Montepio Geral, os supervisores Banco de Portugal e Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e ainda o Governo e a tutela para nos entrosarmos rapidamente no conhecimento e opiniões de todos esses interlocutores, com vista à elaboração do plano de adaptação a ser desenvolvido nos próximos 12 anos”.

As eleições dos órgãos sociais da AMMG são para o triénio 2019/2022 e têm direito de voto cerca de 460 mil associados.

Nos últimos anos, o Banco de Portugal impôs uma maior separação na gestão do banco e da associação mutualista, que entre 2008 e 2015 foi acumulada por António Tomás Correia, tendo vindo também a defender uma melhor diferenciação entre as duas entidades.

Em 2015, precisamente por imposição do regulador bancário, o sistema mudou, ficando Tomás Correia à frente da mutualista e passando o banco a ter uma gestão autónoma, com Carlos Tavares a assumir a presidência da Caixa Económica Montepio Geral, que irá ficar com uma nova designação comercial até final do ano, embora estatutariamente mantenha o nome.

Fundado em 1840 por um grupo de funcionários públicos liderados pelo professor e funcionário da Contadoria da Junta do Crédito Público Francisco Álvares Botelho, o então “Monte Pio dos Empregados Públicos” pretendia colmatar, através do apoio mútuo, a ausência de um quadro público de apoio social em Portugal.

Lusa

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