Cerca de 450 presos radicalizados deixarão as prisões francesas até o final de 2019, incluindo cerca de 50 “terroristas islâmicos”, anunciou a ministra da Justiça francesa, Nicole Belloubet.
“O governo está empenhado em monitorizar essas pessoas”, afirmou a governante, explicando que esta monitorização começa na altura da detenção.
“Começa na detenção, essas pessoas são avaliadas, são colocadas em locais de detenção que correspondem ao seu grau de perigosidade e, quando saem da prisão, há duas palavras-chave: antecipamos a sua saída e seguimo-los de uma forma extremamente precisa”, acrescentou.
A vantagem da detenção é permitir “construir, por um lado, fichas de informação que são criadas pelos serviços de inteligência da prisão que ganharam há algum tempo uma legitimidade muito forte”.
Estas fichas são depois passadas “para os serviços de segurança interna”, afirmou, concluindo: “seguimo-los passo a passo”.
“Os serviços secretos que desempenham um papel essencial serão significativamente fortalecidos”, prometeu a ministra.
“Vamos recrutar mais cem pessoas nos serviços de inteligência penitenciários e empenhar meios para isolar melhor os prisioneiros radicalizados”, acrescentou.
A França vive sob constante ameaça terrorista desde que uma onda de ataques jihadistas sem precedentes fez 246 mortos e centenas de feridos.
Um novo plano de ação contra o terrorismo deve ser apresentado em junho pelo governo francês.
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