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Centro urbano de Monchique sem água desde segunda-feira

O centro urbano da vila de Monchique está sem água devido ao combate ao incêndio que deflagrou na sexta-feira, mas a situação deve ficar resolvida durante a madrugada de hoje, disse o presidente da Câmara Municipal de Monchique.

Em declarações à agência Lusa, Rui André revelou que a rotura se verificou a partir da noite de segunda-feira e apontou três causas relacionadas com o combate ao fogo.

De acordo com o autarca, um dos geradores associado a um furo na zona da Fóia foi danificado pelo incêndio. Por outro lado, os meios aéreos abasteciam nas piscinas municipais e estas têm um sistema de reposição de água automático.

“E foi retirada uma grande quantidade de água”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Monchique.

O terceiro motivo prende-se com o facto de na noite de segunda-feira, tendo em conta o aproximar das chamas da vila, os bombeiros terem abastecido os tanques nas bocas de incêndio com menor capacidade, o que deixou os depósitos da vila vazios.

O sucedido contrariou “uma norma instituída, que determinava que os abastecimentos que fossem feitos nas bocas de incêndio com mais capacidade de água. Na aflição, foram buscar água a qualquer sítio da vila”, explicou.

Para debelar a situação, acrescentou Rui André, foram realizados circuitos de distribuição de água engarrafa e foi colocado um contentor junto a uma das rotundas da vila para as pessoas que quisessem abastecer.

Em Monchique é a própria autarquia que faz a distribuição direta de água, através de um total de 45 furos.

O autarca revelou ainda que durante a madrugada de hoje a situação deve ficar resolvida, depois de alugado um novo gerador.

O incêndio rural que lavra desde sexta-feira em Monchique afeta também os concelhos de Silves e Portimão, igualmente no distrito de Faro, tendo destruído casas e muitas viaturas.

De acordo com a página na internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil, consultada pela Lusa cerca das 02:50, o fogo está a ser combatido por 1.249 operacionais, apoiados por 373 viaturas e um meio aéreo (avião de reconhecimento, avaliação e coordenação).

Há 29 feridos ligeiros e um ferido grave, com prognóstico favorável.

Segundo o Sistema de Emergência da União Europeia, arderam já 17 mil hectares.

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