O ex-ministro das Finanças tomou posse, nesta segunda-feira, como governador do Banco de Portugal. Mário Centeno garantiu que a “independência se exerce pela ação”, numa reação às críticas de que foi alvo.
“Ao longo de 25 anos aprendi que a independência se exerce pela ação, pela materialização de uma vocação para o serviço público. E a independência não é uma mera atribuição, algo que nos é outorgado”, disse Centeno, num discurso de 10 minutos.
Mário Centeno, recorde-se, sucede a Carlos Costa, cujo segundo mandato terminou em 8 de julho, depois de 10 anos à frente do Banco de Portugal.
O novo governador do Banco de Portugal enalteceu a “enorme honra” que sente, no cargo que passa a ocupar, destacando que “a independência do Banco de Portugal não se questiona nem se impõe”.
“Ao Banco de Portugal não cabe ter estados de alma acerca da natureza da sua independência, muito menos ao seu governador”.
A cerimónia de tomada de posse decorreu no salão nobre do Ministério das Finanças.
Centeno definiu como prioridades garantir uma eficiente supervisão, influenciar a política económica europeia num contexto de taxas de juros baixas, empenhar-se na estabilidade do sistema financeiro e evitar riscos sistémicos, ao mesmo tempo que irá procurar credibilizar mecanismos de resolução bancária.
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