Centenas de pessoas manifestaram–se hoje em Jerusalém contra a anulação na véspera pelo primeiro–ministro israelita de um acordo com a ONU sobre migrantes africanos, constatou um jornalista da AFP.
“Paremos a expulsão”, podia ler-se nas bandeirolas dos manifestantes, entre os quais migrantes africanos, que denunciavam a decisão de Benjamin Netanyahu de anular o acordo concluído com o Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados.
Este acordo previa a reinstalação de mais de 16 mil sudaneses e eritreus, que vivem em Israel, em países ocidentais.
Em troca, o Estado hebreu comprometia-se a dar uma autorização de residência a um número equivalente, que poderiam permanecer no território.
O acordo pretendia substituir-se a um programa de expulsões, que tinha provocado uma forte polémica e que acabou por ser anulado.
Segundo as autoridades israelitas, vivem em Israel 42 mil migrantes africanos. As mulheres e as crianças não faziam parte do plano inicial das expulsões.
Estes migrantes chegaram na sua maioria em 2007, a partir do Sinai — fronteira esta, com o Egito, na altura porosa, que ficou entretanto praticamente hermética –, e instalaram-se em grande número nos bairros pobres de Telavive.
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