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CEMGFA convicto de que portugueses confiam na instituição militar apesar dos “casos mediáticos”

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), almirante António Silva Ribeiro, reconheceu hoje que o ano foi “abalado por casos mediáticos” mas defendeu que os portugueses não confundem “tais situações” com a instituição militar.

“Num ano abalado por diversos casos mediáticos, estou convicto de que os portugueses continuam a ter confiança e orgulho nas suas Forças Armadas, não confundindo tais situações com uma instituição estruturante da Nação”, disse.

Numa mensagem dirigida aos militares e civis das Forças Armadas, que será hoje difundida em vídeo nas redes sociais, o CEMGFA acrescentou que “por mais difíceis que sejam os problemas, prevalecem sempre os princípios da virtude e da honra, e os valores da disciplina, da lealdade, do zelo, da coragem, da integridade, da honestidade e da responsabilidade”.

“São estes princípios e valores, incorporados na conduta militar e transportados, diariamente, para o cumprimento das missões, que dão reputação e prestígio às Forças Armadas”, sustentou.

O ano de 2018 foi marcado pelas detenções de militares e civis no âmbito da processo judicial que investiga o furto de material de guerra em Tancos, ocorrido o ano passado, havendo militares em prisão preventiva, num caso que levou à demissão do ministro da Defesa Azeredo Lopes e à substituição do chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte.

Silva Ribeiro referiu-se também às “elevadas restrições financeiras” nas Forças Armadas, considerando que os militares estão colocados perante o desafio de as ultrapassar, e defendeu a necessidade da “melhoria contínua do desempenho”, num esforço de “superação e adaptação”.

O CEMGFA exortou os militares a cumprir as responsabilidades pautando a “conduta coletiva pela salvaguarda dos princípios e dos valores” das Forças Armadas.

Na quadra de Natal, época do ano “especialmente difícil” para os que estão em missão e para as famílias, Silva Ribeiro saudou os militares que contribuem para “garantir a segurança, no território nacional e além-fronteiras”, com espírito de sacrifício e por vezes “correndo grandes riscos”.

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