Um Navio Polivalente Logístico, mais navios patrulha, helicópteros para a Força Aérea e veículos de transporte para o Exército são as prioridades para o reequipamento militar, defendeu hoje o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMGFA), Silva Ribeiro.
“Evidentemente que isso é uma decisão política, mas do ponto de vista operacional, a mim parece-me que o Navio Polivalente Logístico, mais navios patrulhas, helicópteros para a Força Aérea e também mais veículos”, são os equipamentos prioritários para as Forças Armadas (FA), disse à Lusa o almirante António Silva Ribeiro.
A aquisição de um Navio Polivalente Logístico foi um projeto que acabou por ficar para trás em 2015. Segundo o almirante Silva Ribeiro, um navio daquele tipo serviria os três ramos das Forças Armadas, sendo útil não apenas para a projeção de forças militares e equipamentos, mas também noutro tipo de operações, enquadrando-se nas missões atuais das FA.
Já em curso está o programa de aquisição dos aviões de transporte KC-390 para substituir C-130, devendo as primeiras três de cinco aeronaves entrar ao serviço até ao final de 2021.
O CEMGFA, que falava à agência Lusa no final de uma palestra que proferiu no ‘American Club´, em Lisboa, indicou ainda como prioritárias para o reequipamento militar, a substituição das viaturas de transporte pessoal blindadas, as `Humvee´, que “tem mais de 20 anos” e já passaram pelos teatros de operações de Timor-Leste e Jugoslávia.
Numa altura em que está em curso a revisão da Lei de Programação Militar (LPM), que definirá os investimentos públicos no reequipamento militar para os próximos seis anos, Silva Ribeiro defendeu que existe “uma grande oportunidade para a indústria” nacional e para as universidades portuguesas.
A revisão da LPM coincide com o facto Portugal se ter comprometido, como membro da NATO, a cumprir a meta dos 2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em despesas com a Defesa, dos quais 20 por cento em investimento, até 2024, o que constitui “uma grande oportunidade” até em termos do desenvolvimento industrial e económico do país.
O compromisso para que 20 por cento desses 2 por cento do PIB sejam alocados ao investimento é “muito importante”, defendeu, porque “o que se passa na NATO é que muitos países têm as suas despesas de Defesa desequilibradas” em que a maior parte da fatia vai para os gastos com o pessoal, montantes “mais reduzidos para investimento e depois montantes mais reduzidos para operação e manutenção”, frisou.
“Isto representa mais investimento nas Forças Armadas, mas também mais dinheiro para operação e para manutenção, é uma grande oportunidade também para a indústria e para as universidades portuguesas porque há toda a vantagem em que esse investimento seja canalizado através da nossa capacidade industrial e da capacidade de investigação e desenvolvimento das nossas universidades”, defendeu.
Na semana passada, o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que o primeiro-ministro, António Costa, apresentará durante a cimeira da NATO, em Bruxelas, quarta e quinta-feira, o “plano concreto” nacional para atingir a meta dos 2 por cento do PIB de despesas com a Defesa até 2024.
Segundo dados do ministério da Defesa, Portugal estava nos 1,3 por cento do PIB em 2016.
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