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Células cardíacas do paciente usadas para regenerar coração após enfarte

Uma equipa de investigadores conseguiu regenerar com eficiência, pela primeira vez, parte dum coração afetada por um enfarte. O uso de células retiradas do próprio coração permitiu uma redução das cicatrizes em 50 por cento.

Uma equipa de investigadores do Cedars-Sinai Heart Institute, dos Estados Unidos, conseguiu aplicar com sucesso uma técnica de tratamento para corações atingidos por um enfarte cardíaco. A nova técnica consiste em retirar células do coração do próprio paciente para as usar na regeneração do órgão, num procedimento menos invasivo e que diminuiu o tamanho das cicatrizes para metade.

A criação de células cardíacas tem sido um dos principais focos da investigação clínica. Os estudos têm passado pela criação de tecido cardíaco a partir de células da medula óssea, especialmente para aplicação em corações vítimas de enfarte cardíaco. Esta situação acontece quando as artérias ficam bloqueadas e o sangue não chega às células do coração, que vão morrendo e provocando a dor que se sente nos casos de ataque cardíaco.

O estudo, divulgado na revista Lancet, acompanhou 25 pacientes em recuperação de enfarte, com uma média de idade de 53 anos, no Cedars-Sinai Heart Institute e no hospital Johns Hopkins, ambos nos Estados Unidos. A investigação foi baseada na aplicação da nova terapia, com 17 pacientes a receberem células retiradas do próprio coração, enquanto oito pacientes serviram de ‘controlo’, tendo sido aplicada a terapia habitual nestes procedimentos, com células da medula óssea. Todos os 25 haviam sofrido um enfarte nos dois meses anteriores.

Cada um dos 17 pacientes que testaram a nova técnica recebeu entre 12 a 25 milhões de células ‘próprias’, recolhidas numa cirurgia minimamente invasiva. A principal vantagem em relação à terapia tradicional, segundo o resultado do estudo, foi a redução do tamanho da cicatriz no coração em 50 por cento. Percentualmente, este grupo apresentou mais complicações pós-operatórias, mas os médicos consideraram que apenas num caso estaria relacionado com o tratamento.

“Isto nunca foi conseguido antes, apesar de se ter passado uma década a fazer terapia de células em pacientes com ataques cardíacos. Esta descoberta contesta o senso comum de que, uma vez estabelecida, a cicatriz cardíaca é permanente e que, uma vez perdido, o músculo cardíaco não pode ser refeito”, explicou Eduardo Marbán, diretor do instituto Cedars-Sinai e principal autor do estudo.

Os dados da investigação referem também que o período de observação durou um ano, período em que no grupo de controlo não registou regeneração das células do coração, nem diminuição da cicatriz. A meio do ano, o grupo dos oito conseguia andar mais 13 metros durante seis minutos, mas ficou a perder no final do ano, com menos 9,6 metros de média. Ao invés, o grupo dos 17 subiu dos

 

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