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Celtejo ganha prémio do GEOTA de más práticas na gestão de rios

A empresa Celtejo ganhou o prémio Guarda Rios de Luto pelos participantes na iniciativa do projeto Rios Livres da organização GEOTA, que distingue os responsáveis por más e boas práticas ambientais.

O Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) anunciou hoje os resultados da primeira edição do Prémio Guarda Rios, que teve 1.200 participantes a partir do anúncio na rede social Facebook para seleção de “os bons e os maus dos rios em Portugal”.

“A Celtejo superou a EDP nas más práticas, ganhando o Guarda Rios de Luto. A Liga para a Proteção da Natureza (LPN) ganhou o prémio Guarda Rios de boas práticas, destacando-se o seu trabalho feito em projetos de conservação de espécies como o Saramugo”, resume uma informação do GEOTA.

Após terem sido detetados focos de poluição no Tejo, no final de janeiro, o Governo avançou com restrições de descarga de efluentes à fábrica de celulose Celtejo, tendo o presidente da Agência Portuguesa de Ambiente (APA), Nuno Lacasta, revelado que a carga poluente que afetou o rio na zona de Abrantes teve origem nas descargas da indústria da pasta de papel.

O processo de nomeações e votações do público no Guarda Rios começou a 14 de março, Dia Internacional de Ação pelos Rios, tendo a criação do prémio o objetivo de “fazer um balanço daqueles que têm sido os bons e maus exemplos na gestão dos recursos hídricos em Portugal, dando voz aos rios através dos cidadãos que os defendem”, explica o GEOTA.

Além da escolha do público, também o GEOTA selecionou entidades para atribuir prémios e o seu Guarda Rios de boas práticas foi para os Passadiços do Paiva, um projeto turístico localizado no concelho de Arouca, no distrito de Aveiro, “um dos maiores polos de atração na região”.

Decidiu também atribuir uma menção honrosa à Comunidade da Aldeia do Sistelo, “por se ter feito ouvir e, após várias ações de protesto, ter conseguido fazer cancelar a mini-hídrica proposta para o rio Vez, no Minho”, possibilitando que aquela paisagem cultural “fosse reconhecida como monumento nacional, a primeira com esta classificação em Portugal”, explica a organização não-governamental.

Quanto ao Guarda-Rios de Luto, que destaca exemplos de más práticas na gestão de recursos hídricos, o GEOTA “aponta o dedo aos vários ministros do Ambiente, desde o governo de [José] Sócrates até ao atual”.

A justificação para esta escolha é “a responsabilidade destes políticos ao aprovarem ‘atrapalhadamente’, a barragem de Foz Tua [assim como] todo o Programa Nacional de Barragens”.

Os ambientalistas do GEOTA destacam também a gestão da situação do armazém de resíduos da central nuclear de Almaraz, em Espanha, a cerca de 100 quilómetros da fronteira com Portugal, e os casos de poluição da água, sobretudo no Tejo.

A menção ‘desonrosa’ foi para a central hidroelétrica da Ribeira Grande, na Ilha das Flores, Açores.

Lusa

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