Cecília Carmo, que durante anos foi um dos rostos do jornalismo da RTP, escreveu uma carta aberta ao ministro da Saúde onde mostra o seu descontentamento com o tempo de espera que a sua filha enfrentou na urgência do Hospital Santa Maria, em Lisboa. Após sofrer um acidente de viação, com perda de consciência, e quando havia suspeita de um diagnóstico de traumatismo craniano, a filha da jornalista esperou cerca de “três horas” para ser avaliada por um médico, segundo revela Cecília Carmo.
“Felizmente está bem e a recuperar de algumas escoriações”, explica na carta aberta, onde faz notar o seu descontentamento pelo tempo de espera num serviço de urgência, relatando o acidente de que a sua filha foi vítima.
“Logo após o acidente teve um episódio de perda de consciência e foi transportada pelos bombeiros ao hospital. Imobilizaram-na e transportaram-na com todo o cuidado, como ditam as regras do protocolo”, sustenta a jornalista, salientando como decorreu a assistência na unidade hospitalar.
“Chegou ao hospital, já consciente, mas com um pré-diagnóstico de traumatismo craniano (que graças a Deus, também não se veio a confirmar). Deitada na maca (imobilizada) e depois da triagem feita por uma enfermeira, foi encaminhada para a urgência para ser observada por um médico.”
A revolta de Cecília Carmo tomou forma a partir dessa altura face ao tempo de espera até que a filha fosse vista por um médico.
“Senhor ministro, sabe quanto tempo esteve a minha filha à espera da primeira observação por um médico? Três (três horas)! Repito: três horas à espera para uma primeira observação com um pré-diagnóstico de traumatismo craniano!”
A jornalista ‘iliba’ o médico e diz que o clínico estava “sozinho” no atendimento aos doentes “traumatizados”.
“Só estava mesmo um médico a receber e observar todos os doentes traumatizados que iam chegando ao hospital. Escusado será dizer que, sem mãos a medir. Mas não ficamos por aqui!”
Cecília Carmo explica ainda que teve ainda de levar uma senhora idosa numa maca, que não tinha acompanhante, e em face da ausência de auxiliares no local.
“Deixei a minha filha e transportei eu própria a senhora na maca ao gabinete do médico para ser observada”, escreveu numa partilha feita no Facebook, na carta aberta.
“Não é digno de ninguém. Nem dos profissionais de saúde, sobre os quais nada tenho a apontar, apenas a elogiar (todos!), nem dos familiares dos doentes (que tudo fazem para agilizar as barreiras que encontram enquanto esperam e desesperam), mas principalmente para os pacientes.”
A jornalista deixa ainda um ‘convite’ ao ministro da Saúde.
“Experimente ir a uma urgência, com um familiar seu, sem se identificar (será difícil eu sei, porque o senhor ministro é uma figura pública), mas vá na mesma sem anunciar a sua presença. Talvez não diga tão prontamente que o SNS está bem”, salientou, concluindo que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “nem está bem, nem se recomenda”.
O Hospital de Santa Maria é uma das principais unidades de saúde do país.
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