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CDU atribui abstenção às TV que atrofiam mentes e ao “capitalismo desumano”

O dirigente comunista Armindo Miranda atribuiu hoje a possível alta abstenção nas eleições legislativas às televisões que atrofiam as mentes dos portugueses e ao “capitalismo desumano”, ao comentar as estimativas apresentadas pelos diversos canais televisivos.

“Admito. Nós nunca acertamos em tudo quando há uma campanha eleitoral. Avaliaremos. Não estou a ver onde podemos ter falhado. Agora, há um elemento essencial: o atrofiamento das mentes. Há milhões de portugueses com a mente atrofiada. Não têm liberdade de decidir, de forma consciente. Porque lhe atrofiam a mente todos os dias, quando chegam a casa. Carregam num botão e veem a televisão. É-lhes atrofiada a sua mente”, afirmou o membro da comissão política do Comité Central do PCP, que concorre na Coligação Democrática Unitária (CDU), juntamente com “Os Verdes”.

Segundo Armindo Miranda, a CDU andou “no terreno” e deu “uma contribuição importantíssima” para a redução da abstenção, embora reconhecendo que o objetivo não terá sido “conseguido de todo”.

“Compreendemos que haja? se a sondagem que estão a dar em relação à abstenção vier a corresponder à realidade, significa que há 4,5 milhões, quase cinco milhões e portugueses que não votaram. Compreendemos que haja muita gente, nomeadamente assalariados que comecem a perder a esperança?”, justificou, referindo as gritantes diferenças de rendimentos em virtude do sistema de “capitalismo desumano” em Portugal.

A RTP avançou às 19:00 com uma previsão de abstenção de entre 44 por cento e 49 por cento, a SIC com um intervalo de 47,5 por cento-51 por cento e a TVI entre os 35,4 por cento e os 39,4 por cento. A CMTV estimou uma abstenção entre 44 e 48 por cento.

Entretanto, a TVI fez uma atualização, indicando que a abstenção pode ficar entre os 43,4 por cento e 47,49 por cento, números referentes à totalidade dos cerca de 10,8 milhões de eleitores em território nacional e no estrangeiro.

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