CDS vota contra proposta de OE2019 do que “parece que é, mas não é bem assim”
O CDS-PP descreveu hoje o Orçamento do Estado de 2019 como o orçamento que “parece que é, mas não é bem assim”, feito de “aparências, enganos e ilusões” e que terá o voto contra dos centristas.
Ao longo de quase seis páginas, a deputada e vice-presidente do CDS Cecília Meireles afirmou que a proposta do Governo é “um logro” e opaco sobre o qual o primeiro-ministro “prefere estrategicamente calar-se e não debater”.
Ensaiando a tese do Orçamento que “parece que é, mas não é”, a deputado deu um rol de exemplos, como os impostos que “não vão aumentar, mas depois não é assim” porque a carga fiscal em 2018 vai atingir “o máximo de sempre”.
Outro exemplo é eliminação da sobretaxa dos combustíveis, mas “depois não é bem assim” que só se aplica à gasolina e não ao gasóleo que fica como está ou ainda as regras para as reformas das longas carreiras contributivas.
“Que justiça há numa medida que propõe que quem começou a trabalhar aos 20 anos possa reformar-se sem penalização aos 60 anos, ao passo que quem começou aos 21 tem que trabalhar mais 5 anos e meio até obter o mesmo direito?”, questionou.
Ou ainda no crescimento da economia, que “parece que cresce”, mas “depois não é assim porque “vai desacelerar novamente” ou ainda no IRS, que não desce porque as tabelas “não são atualizadas”.
Por isso, afirmou ainda, este o orçamento “é uma oportunidade perdida” em que o Governo se ocupou “apenas da distribuição, de partir o bolo” orçamental, sem “nunca “fazer crescer o bolo”.
Cecília Meireles fez ainda mais uma crítica a António Costa, acusando o primeiro-ministro de ter “vergonha de o debater e preferiu o silêncio à defesa das suas escolhas”.
Por último, a deputada centrista confirmou o voto contra do CDS ao Orçamento do Estado de 2019.