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CDS quer ouvir ministro do Ambiente com urgência sobre greve de camionistas de combustível

O deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares anunciou hoje um requerimento para audição urgente do ministro do Ambiente e Transição Energética no parlamento sobre a greve dos motoristas de matérias perigosas, iniciada segunda-feira por tempo indeterminado.

“A iniciativa do CDS é chamar o ministro do Ambiente e da Transição Energética ao parlamento. Queríamos ouvi-lo com a máxima das máximas urgências. Temos a noção de que esta é a semana mais crítica nesta greve e queremos que o ministro venha ao parlamento dar esclarecimentos perante os representantes do povo português”, disse à Lusa o parlamentar democrata-cristão, referindo-se à chamada do governante à comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas.

Os trabalhadores reclamam revisão salarial e alterações de regras nas carreiras e o dirigente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) Francisco São Bento previu que os aeroportos de Lisboa e de Faro fiquem sem combustível ao início da tarde.

“O CDS está muito preocupado com a greve que foi decretada pelos motoristas de transportes de materiais perigosos. Sabemos que esta greve pode ter um efeito dramático no país, quer nos aeroportos – estamos num período alto, a semana da Páscoa é de enorme tráfego – quer no abastecimento a serviços vitais de salvaguarda das populações, hospitais, bombeiros, Proteção Civil, mas também abastecimento às pessoas e empresas”, afirmou Mota Soares.

A presidência do Conselho de Ministros anunciou entretanto a aprovação pelo Governo de uma resolução do Conselho de Ministros que reconhece a necessidade de requisição civil, até 15 de maio, no caso da greve dos motoristas de matérias perigosas, pois “a greve em curso afeta o abastecimento de combustíveis aos aeroportos, bombeiros e portos, bem como o abastecimento de combustíveis às empresas de transportes públicos e aos postos de abastecimento da Grande Lisboa e do Grande Porto”.

“Esta semana é muito especial, porque muita gente sai das grandes cidades para o interior e sul do país e termos a possibilidade de ficarmos com muitos postos de abastecimento, de norte a sul, sem gasolina e gasóleo tem um enorme impacto sobre a vida dos portugueses numa semana tão especial”, salientou o deputado centrista.

A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo SNMMP, por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica, tendo sido impugnados os serviços mínimos definidos pelo Governo.

“Para nós é fundamental questionar o que o Governo tem vindo a fazer sobre esta matéria. Sabemos que decretou serviços mínimos e agora até uma requisição civil. Queremos saber se o que o Governo previu nos serviços mínimos é suficiente para acautelar as dificuldades que podem vir a acontecer no país. Queremos saber o que o Governo está a fazer para garantir que é possível haver uma negociação que resolva o conflito que está aqui na base. O dano à economia do país e à vida das pessoas pode ser enorme”, concluiu Mota Soares.

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