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CDS quer crescer para ajudar a mudar leis eleitorais

A líder do CDS-PP defendeu hoje, em Santarém, o crescimento do partido para que possa, também ele, integrar os “dois terços do parlamento que mudam as leis eleitorais”.

Assunção Cristas ouviu hoje conferencistas e público na Sala de Leitura Bernardo Santareno, em Santarém, na sexta conferência do “Ouvir Portugal”, dedicada ao tema da “Representação Política”, iniciativa que constitui “uma das fontes” para construção do programa eleitoral do partido.

“Enquanto os dois terços estiverem nas mãos do Partido Socialista e do Partidos Social-Democrata sabemos que qualquer alteração aos círculos eleitorais, ou coisas mais profundas, naturalmente vai ser lido à luz de quais são os ganhos daqueles que decidem o resultado dessa votação no parlamento”, afirmou a líder centrista.

Cristas resumia uma sessão em que a questão da abstenção foi um dos temas dominantes, com Pedro Magalhães, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, a defender a adoção de medidas como o alargamento do voto por correspondência, da votação antecipada, nomeadamente colocando urnas em locais como universidades, ou do voto domiciliário a pessoas com limitações físicas, já adotadas noutros países e que criam “pressão social no sentido da participação”.

Para o especialista em sistemas eleitorais, a entrada de mais votos “muito provavelmente não vai beneficiar os grandes partidos”, que, frisou, terão sempre como preocupação central os “efeitos distributivos” do “redesenho” dos círculos eleitorais.

O economista Nuno Garoupa, outro dos conferencistas convidados pelo CDS-PP para a sessão de hoje, identificou três grandes grupos que contribuem para a abstenção – o dos que querem mas não conseguem votar (para quem as medidas propostas por Pedro Magalhães valeriam a pena ser pensadas), os que não querem saber e os que não se sentem representados, admitindo que haja em Portugal um universo de 600 mil a 700 mil votos que poderiam ir para um “partido do protesto”.

Para o economista, a única forma de alterar esta realidade seria “uma reforma profunda do sistema político”, até pelo “sinal” que daria ao eleitorado de que “havia mudanças a acontecer”.

“Podia ser mobilizador”, afirmou.

Na sessão de hoje foram ainda abordados temas como as novas tecnologias e as redes sociais, com intervenções do gestor José Jordão e do jornalista Diogo Queirós Andrade, a participação de independentes em atos eleitorais, com a vereadora na Câmara de Ourém eleita pelo CDS, Isabel Costa, e a perspetiva de uma cidadã eleitora, a educadora social Lurdes Farinha.

Antes, Assunção Cristas esteve em Salvaterra de Magos numa ação de rua também no âmbito da iniciativa “Ouvir Portugal”.

A próxima sessão, a realizar em Almada, será dedicada à cultura, adiantou.

Lusa

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