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CDS-PP quer ouvir responsáveis dos cinco maiores bancos em Portugal

O CDS-PP pediu hoje a audição parlamentar urgente dos responsáveis dos cinco maiores bancos em Portugal para avaliar os apoios dados às empresas e famílias e a sua rapidez, no âmbito da pandemia de covid-19.

Num requerimento hoje entregue nas comissões parlamentares de Finanças e de Economia, os democratas-cristãos pedem a audição da Caixa Geral de Depósitos, do Millenium BCP, do Santander Totta, do BPI e do Novo Banco.

“O objetivo destas audições é perceber se as linhas de crédito que foram criadas pelo Governo para apoiar as famílias e empresas são suficientes, ou se é preciso mais, e perceber se bancos estão disponíveis para apresentar aos seus clientes o ‘spread’ mínimo”, explicou o deputado João Gonçalves Pereira, em declarações aos jornalistas no parlamento.

O deputado do CDS-PP salientou que, depois de a banca ter tido reuniões com o Presidente da República, “chegou o momento de o parlamento os ouvir”.

“Com uma preocupação central: saber da rapidez com que esses créditos vão chegar as empresas e famílias. Há um problema de tesouraria nas empresas, há um problema de liquidez nas famílias, diríamos que é urgente, urgente, urgente que esse dinheiro possa chegar a quem mais precisa”, defendeu.

A banca assumiu hoje o “compromisso inequívoco de apoiar a economia portuguesa” face à crise provocada pela pandemia e, além da agilização dos apoios públicos anunciados pelo Governo, comprometeu-se a apresentar soluções de financiamento “da sua própria iniciativa”.

Num comunicado conjunto emitido na sequência da reunião de segunda-feira com o Presidente da República, e ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, o BPI, Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Novo Banco e Santander assumem o “compromisso inequívoco de apoiar a economia portuguesa”, afirmando-se “cientes de que a recuperação do tecido empresarial é essencial para o funcionamento da vida em sociedade e para o futuro e solidez dos próprios bancos, que para além da crise terão que continuar a servir a economia”.

Neste contexto, garantem que, “respeitando todas as orientações da Direção-Geral da Saúde, vão permanecer com elevado número de sucursais abertas ao público, de forma a assegurar a agilização dos apoios públicos e privados e a garantirem a inclusão de todos os cidadãos”.

Sem prescindir “do necessário rigor”, nem “pôr em causa os interesses e a segurança dos depositantes”, os bancos comprometem-se ainda a implementar moratórias e acelerar a chegada de fundos no âmbito dos apoios públicos às famílias e às empresas.

Paralelamente, e “além dos apoios públicos, os bancos estão e vão continuar a apresentar soluções de financiamento da sua própria iniciativa, cujo desenho e disponibilidade terão em consideração a evolução da pandemia e as suas implicações nas diversas atividades económicas”.

No comunicado, a banca assume o “forte compromisso” em colaborar “com o Presidente da República, com o Governo e com as instituições relevantes na frente económica na procura e na implementação das soluções mais adequadas para apoiar os cidadãos portugueses e os que residem em Portugal neste momento tão difícil que o país atravessa”.

Ao início da noite de segunda-feira, em declarações aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, após a reunião (que decorreu por videoconferência), o chefe de Estado disse que a banca mostra “grande mobilização no sentido de ajudar a economia” e prepara-se para comunicar aos portugueses a sua posição sobre a resposta à crise provocada pela pandemia de covid-19.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que a banca está a tomar “iniciativas próprias, completando as medidas aprovadas pelo Governo”, e tem “sugestões concretas” a apresentar.

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