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CDS não quer mudar o rumo mas admite reajustar uma “receita correta”

troikaNo encontro com os elementos da troika, o deputado Adolfo Mesquita Nunes, do CDS-PP, admitiu que o memorando tem inscrita “a receita correta”. No entanto, os centristas manifestaram-se contra o agravamento de impostos, ou novas medidas de austeridade.

O encontro entre a troika e os deputados, que decorreu no Parlamento, mostrou um CDS a vincar a sua posição, que se encontra longe da receita socialista, que pretende alargar o prazo de cumprimento do programa, mas também está longe da eventual solução a adotar pelo Governo de Passos Coelho.

Adolfo Mesquita Nunes, deputado centrista, leu uma declaração que deixa bem clara a posição do CDS, numa altura em que se toma como dado adquirido que o Governo não vai cumprir as metas do défice.

Nessa declaração, Mesquita Nunes assume “dificuldades” do país, mas considera que esse cenário “não podem fazer mudar globalmente de receita”, uma vez que, de acordo com o deputado, “esta é a receita correta”.

No entanto, os centristas entendem que essas “dificuldades sentidas não são de modo a intensificá-la, ou a reduzi-la em excesso para prolongar o programa” de reajustamento. Ou seja, o CDS está contra a solução do PS, mas não concordará com um eventual agravamento da carga fiscal.

O Bloco de Esquerda entendeu a declaração de outro modo e considerou que Adolfo Mesquita Nunes terá escolhido bem as palavras para, de um modo suave, dizer que Portugal precisa de mais dinheiro e de mais tempo para conseguir atingir as metas definidas no memorando de entendimento rubricado com a troika.

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