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“CDS não pode estar mobilizado se está entretido consigo próprio”, diz Ribeiro e Castro

José Ribeiro e Castro, antigo presidente do CDS, criticou as altas figuras centristas que têm projetado para o exterior a ideia de um partido que parece “um saco de gatos”.

As críticas do ex-dirigente surgem depois das tomadas de posição de, entre outros, Adolfo Mesquita Nunes, antigo vice-presidente que surgiu a público a pedir um congresso antecipado, e Filipe Lobo dÁvila, vice-presidente que esta semana se demitiu.

Condenando as “movimentações que parecem articuladas com interesses de outras forças políticas”, Ribeiro e Castro avisou que “não se pode lutar pela sobrevivência do CDS quando se trabalha para a sua destruição”.

“Não é a primeira vez que o partido se confronta com este tipo de problemas, que acontece de forma recorrente”, salientou.

A permanente contestação interna dá ao CDS “a imagem de um saco de gatos, pouco credível, pouco sólido”.

“O partido não pode estar mobilizado se está entretido consigo próprio. Algumas das pessoas que estão hoje a movimentar-se têm enormes responsabilidades no resultado desastroso do partido nas legislativas”, acusou Ribeiro e Castro, em entrevista ao Diário de Notícias.

Sem referir o nome de Adolfo Mesquita Nunes, o ex-presidente centrista lembrou que, no tempo da liderança de Assunção Cristas, houve “um vice-presidente que se foi embora a poucos meses da eleição e deixou a presidente do partido sozinha”.

Francisco Rodrigues dos Santos, o atual presidente do CDS, “tem sido alvo de uma guerrilha permanente”, quando seria do interesse do partido que pudesse “cumprir o mandato”.

“As pessoas gostam tanto de dizer que são institucionalistas, é só fazer o que dizem”, ironizou Riberio e Castro, criticando as figuras que “estão a lançar o partido numa luta interna inoportuna”.

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