O CDS-PP remeteu hoje para a comissão de inquérito apurar “o grau de conhecimento e envolvimento” do ministro da Defesa no processo de recuperação das armas roubadas em Tancos, em 2017, e insistiu na demissão de Azeredo Lopes.
O CDS convocou os jornalistas, no parlamento, para uma declaração, horas depois de a edição “on-line” do semanário Expresso ter noticiado que o ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar (PJM), detido do processo, disse ao juiz de instrução que Azeredo Lopes foi informado do encobrimento da alegada encenação em torno da recuperação das armas, em outubro de 2017, cinco meses após o furto.
Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS, que propôs uma comissão parlamentar de inquérito ao caso de Tancos, disse não comentar notícias que partem de “da violação do segredo de justiça no âmbito de um processo judicial”, dizendo saber separa o que é da justiça e o que é da política.
Mas, na comissão de inquérito, os centristas querem “saber o grau de envolvimento, de conhecimento, atos e omissões do Governo em geral e do ministro da Defesa em particular”.
Nuno Magalhães defendeu ainda que, como vem repetindo há meses, o ministro “não tem condições” para continuar no cargo.
Sem comentar as notícias dos últimos dias, em torno de uma alegada encenação, pela PJM, da recuperação do armamento, e a hoje o presumível conhecimento do ministro, o líder da bancada centrista diz que não tem motivo para alterar a sua posição.
“Tudo o que vai acontecendo parece reforçá-la”, disse.
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