Quebra-se o silêncio, quase tabu, do CDS, relativamente à posição oficial sobre a proposta de Orçamento de Estado, que os três membros do Governo centristas aprovaram, mas que gera incompatibilidades no seio da coligação.
Num comunicado assinado por Paulo Portas, o CDS revela que vai aprovar a proposta de orçamento para o próximo ano, apenas porque Portugal vive um “momento especialmente crítico”, por estar a atravessar um programa de assistência financeira. Desse modo, o CDS “valoriza a estabilidade” e decidiu aprovar o documento.
“O CDS valoriza a estabilidade, num momento especialmente crítico para Portugal, dado que nos encontramos sujeitos a um Programa de Assistência Económica e Financeira da comunidade internacional”, esclarece a nota dos centristas, enviada à agência Reuters.
Este comunicado dos centristas é revelador das discordâncias no seio da coligação. PSD e CDS não estão de acordo sobre o caminho a seguir. Os sociais-democratas defendem um agravamento fiscal como única solução para ajustar as contas e cumprir o défice, o CDS entende que não há margem de manobra para subir a carga fiscal.
Perante visões opostas, o CDS tentará agora modificar a proposta original – que aprovou, como membro do Governo –, tentando cortar na despesa e abrandar as perdas de rendimentos previstas nesta proposta de Orçamento de Estado para 2013.
A decisão de votar a favor da proposta evita uma crise política, já que um eventual chumbo de Paulo Portas (contraditório, já que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros foi um dos membros do Governo que aprovaram o Orçamento) provocaria uma crise política. E é em nome da estabilidade que o CDS promete aprovar o documento, que prevê um agravamento de impostos contra o qual Portas sempre se manifestou.
O silêncio do CDS – quebrado por algumas manifestações de deputados centristas que se opunham à visão do Governo – é assim quebrado (três dias depois da apresentação do documento) com uma decisão difícil para Portas, que não concorda com a proposta, mas espera que esta cedência permita alterações.
Recorde-se que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros cancelara uma visita a Bucareste, ao lado do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Na Roménia, Portas iria participar num encontro do Partido Popular Europeu. Esse facto foi visto como uma cisão entre o ministro e o chefe de Governo.
O comunicado de hoje prova que há divergências. E prova também que Paulo Portas vai votar a favor de um orçamento que é um mal menor, na sua visão.
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