Economia

CCP pede adiamento do aumento do salário mínimo nacional

A Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP) contesta a subida do salário mínimo nacional (SMN) para os 665 euros, hoje anunciada pelo Governo, propondo que a medida só entre em vigor no segundo semestre de 2021.

Lembrando o contexto da crise gerada pela pandemia, o presidente da CCP, João Vieira Lopes, salientou que não é “razoável” subir o SMN logo a 1 de janeiro, defendendo que a medida devia ser adiada “por um semestre” e condicionada ao crescimento da economia.

“Esta crise foi assimétrica, há setores que foram fortemente atingidos e não vemos como é que podem resistir a um aumento do SMN, especialmente as pequenas,médias e microempresas”, defendeu, em declações à TVI24.

“A CCP sempre teve grande abertura ao aumento do SMN”, garantiu o responsável, salientando que “esse salário vai para consumo”.

Para além disso, os aumentos “são valores relativamente baixos para um salário que já é relativamente baixo”, acrescentou.

No entanto, a subida do SMN em contexto de crise pandémica “não faz sentido”.

“O Governo avançou com algumas medidas para equilibrar esse impacto nas empresas, mas são claramente insuficientes. Teriam que ser apoios mais direcionados para as empresas em que essa subida tem influência”, concluiu.

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