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CCDR Centro prevê que 90 por cento das famílias desalojadas pelos incêndios tenham casa na Páscoa

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) prevê que pelo menos 90 por cento das famílias que perderam a casa no incêndio de 15 de outubro de 2017 passem a próxima Páscoa nas habitações recuperadas.

Dentro de quatro meses, “mais de 90 por cento das 800 habitações” destruídas por esse grande incêndio, que atingiu cerca de 30 municípios da região Centro, deverão estar concluídas e em condições de ser reocupadas pelos proprietários, disse hoje a presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, à agência Lusa.

Em 2019, a festividade religiosa da Páscoa é celebrada no dia 21 de abril, domingo.

Hoje, Ana Abrunhosa esteve em Oliveira do Hospital e Lousã, distrito de Coimbra, para entregar um total de seis casas reabilitadas, cujos encargos do Estado totalizam mais de 300 mil euros, incluindo a reposição parcial do recheio.

A presidente da CCDRC ressalvou que a empresa Aquinos, de Tábua, também está a doar sofás e camas para todas as habitações permanentes.

“São produtos de grande qualidade”, disse, realçando a “generosidade extraordinária” daquele fabricante de mobiliário.

Segundo Ana Abrunhosa, “estão concluídas e pagas” 55 por cento das habitações danificadas pelo fogo, total ou parcialmente, em outubro do ano passado.

“É um momento de grande felicidade para as pessoas”, salientou.

Na próxima semana, a CCDRC vai entregar mais 30 casas, em concelhos do distrito de Viseu.

No sábado, em declarações à Lusa, em Oliveira do Hospital, a presidente do organismo revelou que 54 por cento das casas destruídas pelo incêndio de outubro de 2017 já estavam concluídas, frisando que não falta dinheiro para terminar as restantes.

“Não há falta de verbas para pagar as reconstruções. É uma obra complexa, estamos a falar de um programa de apoio que tem cerca de 800 habitações”, disse Ana Abrunhosa, prevendo que “a esmagadora maioria será concluída em março”, ainda que algumas empreitadas possam prolongar-se até maio e junho.

Hoje, a entrega de chaves de quatro habitações permanentes decorreu em Seixo da Beira e Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira do Hospital.

Durante a tarde, mais duas casas foram devolvidas a famílias da Lousã, na freguesia de Serpins e próximo de Vilarinho, onde começou o incêndio de 15 de outubro de 2017, que depois alastrou a outros municípios.

Nas visitas de hoje, Ana Abrunhosa esteve acompanhada dos presidentes das câmaras de Oliveira do Hospital e Lousã, José Carlos Alexandrino e Luís Antunes, respetivamente.

Naquela data e dia seguinte, os fogos que lavraram na região Centro causaram a morte de 50 pessoas, tendo cerca de 70 sofrido ferimentos diversos.

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