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Cavaco só vê desvantagens no aumento dos prazos do plano de ajustamento

cavacosilva4Cavaco Silva, Presidente da República, coloca-se ao lado do Governo na questão do alargamento dos prazos do plano de ajustamento, acordado com a troika. Em entrevista ao Sol, o chefe de Estado elenca uma lista de desvantagens em mexer no programa, contrariando a tese de António José Seguro.

O Governo transmite a ideia de que o alargamento dos prazos acordados com a troika, na execução do plano de ajustamento financeiro, não traz vantagens. Cavaco Silva concorda com o executivo.

Em entrevista ao semanário Sol, o Presidente da República enumera uma lista de desvantagens em mudar as datas estabelecidas com a troika. A posição de Cavaco é contrária à que defende António José, que defende um alargamento dos prazos por mais um ano, para aliviar a economia e impedir que a austeridade provoque contração e impeça o crescimento.

Cavaco coloca questões e dá respostas: “Mais prazo para quê? Nós temos objetivos. Mais prazo para realizar reformas estruturais para aumentar a competitividade significaria mais desemprego. Mais prazo para reforçar a solidez da banca portuguesa? Eu penso que a banca portuguesa já tem solidez que não é inferior à média da União Europeia. Mais prazo para a redução do défice? O valor do défice à décima talvez seja menos importante do que conseguir delinear políticas que – embora garantindo a sustentabilidade das finanças públicas – possam ter menor impacto contracionista em Portugal”, realça o Presidente da República, nesta entrevista.

A questão do alargamento dos prazos para atingir as metas de défice é defendida pela oposição socialista, que culpa o Governo de querer a todo o custo atingir metas dentro de um período excessivamente curto. Segundo António José Seguro, fica em causa o crescimento económico, já que a economia não gera emprego e Portugal paga um preço.

Cavaco discorda e coloca-se ao lado de Passos Coelho, na grande questão que separa Governo e PS.

 

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