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Cavaco elogia Passos e acusa Portas de “infantilidade”

Cavaco Silva dá a conhecer os momentos pelos quais passos durante os mandatos em que foi Presidente da República. No segundo volume do livro ‘Quinta-feira e outros dias’, o antigo chefe de Estado elogia Passos Coelho por tirar o país da bancarrota e acusa Paulo Portas de “infantilidade pouco patriótica”.

Em algumas partes do novo volume a que o Correio da Manhã teve acesso, Cavaco Silva lembra a mediática “demissão irrevogável” que Paulo Portas, então ministro dos Negócios Estrangeiros, escreveu para se demitir do cargo, acabando por recuar e mantendo-se no Governo de Passos, passando a número dois do Executivo.

Para Cavaco Silva, tratou-se de uma “infantilidade pouco patriótica” e “um completo absurdo” e Portas “estava incomodado com a escolha de Maria Luís Albuquerque para ministra das Finanças, porque ela iria ser a continuação da política de Vítor Gaspar.”

O antigo Presidente da República, que tem protagonizado alguns episódios ‘tensos’ na relação com Marcelo Rebelo de Sousa, assume ainda que Paulo Portas quis “propositadamente destruir a credibilidade da nova titular da pasta quer no plano interno, quer no plano externo”.

“Absolutamente inaceitável!”, escreve Cavaco Silva, lembrando também uma conversa com António Costa, numa altura em que este já era líder do PS, e dissera a Cavaco que “seriam impossíveis” entendimentos com Bloco de Esquerda e PCP.

No livro de 536 páginas, Cavaco Silva assume no entendimento parlamentar de governação à esquerda, o PCP teve de “conter” os sindicatos e militantes, enquanto que o Bloco de Esquerda se deu por satisfeito com o seu “naco” de poder.

O primeiro volume das memórias de Cavaco Silva foi lançado em fevereiro de 2017, sendo que este novo volume será será publicado a 23 de outubro.

Cavaco Silva ocupou o cargo de Presidente da República entre 2006 e 2016.

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