Cavaco Silva, Presidente da República, rebate moção de censura do Partido Comunista, alegando que o país “precisa de estabilidade política”. O chefe de Estado, que participou hoje na apresentação do ‘WindFloat’, plataforma de energia eólica localizada na Póvoa de Varzim, realça os postos de trabalho que serão criados com aquele projeto.
Apesar de reconhecer que o PCP recorreu a um “direito constitucional”, Cavaco Silva considera que a moção de censura do Partido Comunista, apresentada ontem, não serve os interesses de Portugal, que precisa de “estabilidade política”, e não de exercícios que possam travar esse cenário de tranquilidade.
Nesse sentido, o Presidente da República não concorda com a moção de censura, mas aceita-a com “normalidade”, já que a ação comunista não viola qualquer princípio da Constituição.
Cavaco Silva teceu este comentário à margem de uma cerimónia na Póvoa de Varzim, de apresentação do ‘WindFloat’, projeto de energia eólica no mar, com um investimento que conta com a participação da EDP e que ronda os 20 milhões de euros. Este projeto poderá permitir a criação de 8000 postos de trabalho.
Póvoa de Varzim será o destino final da estrutura que foi montada na Lisnave, em Setúbal. Trata-se de um projeto de energia eólica, que resulta de uma aposta da EDP, através do seu Departamento de Inovação.
E é precisamente de inovação que se trata, porque o WindFloat consiste em aproveitar um recurso ilimitado, através das mais modernas tecnologias na área da energia renovável. Cavaco Silva participou hoje na cerimónia de apresentação, ao lado da ministra do Ambiente, Assunção Cristas.
