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Catroga faz paralelo entre Sócrates e Hitler. Líder do PS é “mentiroso compulsivo”

Social-democrata Eduardo Catroga estabelece paralelo entre José Sócrates e o ditador alemão. “Hitler tinha o povo atrás de si. Faz parte das características dos demagogos conseguirem arrastar multidões”, disse Catroga, que vai mais longe: “Sócrates é um grande ator, um mentiroso compulsivo” e que há militantes influentes no PS “desejosos” que o secretário-geral socialista “perca e com uma diferença significativa”.

Em entrevista ao Público, o ex-ministro das Finanças adotou um discurso duro, tecendo críticas ao líder do PS, que é considerado um mestre em enganar o povo: “José Sócrates, honra lhe seja feita, é um grande ator, um mentiroso compulsivo, que vive num mundo virtual”.

Eduardo Catroga, que respondia a uma questão relacionada com as sondagens – que colocam PS e PSD empatados –, Sócrates “tem uma máquina de propaganda montada há seis anos”, enquanto “o PSD tem uma máquina artesanal no campo da comunicação”.

Catroga falava em “propaganda”, em máquinas eleitorais, em comunicação e… lembrou Hitler, estabelecendo um paralelo com a realidade de Sócrates: “Hitler tinha o povo atrás de si até à derrocada. Faz parte das características dos demagogos conseguirem arrastar multidões

Apontado como ministro das Finanças num futuro Governo de Passos Coelho, caso o PSD vença as eleições, Eduardo Catroga lamentou que a troika “não tenha absorvido “adequadamente” a filosofia do PSD “de virar a austeridade agora totalmente para o Estado, para o setor empresarial do Estado e para as parcerias público-privadas”. Em vez disso, “continua a apostar no aumento de impostos”, o que não merece o acordo do PSD.

Os sociais-democratas apresentam um programa de emergência social “inédito a nível mundial”, para que a austeridade seja “virada para o Estado e não para os grupos mais desfavorecidos, como queria o PS”.

O social-democrata cataloga o PSD como um partido “defensor do Estado social”, com capacidade de gerar emprego, apesar da “pílula amarga para os próximos dois anos a que as políticas de José Sócrates conduziram o país”.

Nesta entrevista, Eduardo Catroga aborda a governabilidade, no caso de o PSD ganhar as eleições, com uma premissa subentendida: o afastamento de José Sócrates da liderança do partido.

“Era importante que os portugueses resolvessem esse dilema do PS. O PS quer ver-se livre de José Sócrates, mas só se vê livre de José Sócrates se perder as eleições por uma margem significativa”, diz, garantindo que há pessoas “influentes no PS” que “estão desejosos que Sócrates perca e com uma diferença significativa”.

O país, no entendimento de Eduardo Catroga, “precisa da renovação do PS”, para que os socialistas corrijam um “problema”: ter sido “capturado por um segmento defensor dos interesses instalados na sociedade”, que encurralaram Portugal: “Há um grupo de interesses – não digo que seja só no PS – com ramificações políticas”.

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