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Catarina Martins também com caso polémico de alojamento local

Catarina Martins, a coordenadora do Bloco de Esquerda, é sócia minoritária de uma empresa que gere uma unidade de alojamento local e que recebeu apoios comunitários, avança o Eco.

A notícia surge após a demissão do bloquista Ricardo Robles, que renunciou à vereação em Lisboa após se saber que comprou, com a irmã, um prédio em Alfama por 347 mil euros que, depois de reabilitado, foi posto à venda avaliado em 5,7 milhões de euros.

A polémica rebentou porque Robles, na linha dos discursos do Bloco de Esquerda, tem sido uma das vozes mais ativas contra os efeitos negativos do alojamento local em Lisboa.

Num partido que luta contra e especulação imobiliária e é anti-europeísta, agora foi a vez da líder ser ‘apanhada’ a investir no alojamento local e a recorrer a fundos da União Europeia.

De acordo com o Eco, Catarina Martins tem uma posição de quatro por cento na Logradouro, sociedade que explora quatro unidades de turismo rural e uma de alojamento local.

No caso da unidade de alojamento local, a Casa da Marzagona, situa-se no Sabugal e era a residência dos sogros de Catarina Martins.

“Nos períodos em que não é usada pelos proprietários, a casa é disponibilizada para turismo”, informou uma fonte do Bloco, não identificada pelo Eco.

Segundo a mesma fonte, a líder do Bloco não pratica, através da empresa, a “especulação imobiliária” tanto criticada pelo partido: antes promove “o turismo em espaço rural” como ferramenta para combater a desertificação do interior.

“As quatro casas reabilitadas para turismo em espaço rural estavam há muito abandonadas, situação demasiado comum no interior do país”, insistiu a fonte.

O projeto de “recuperação e reconversão de antigos palheiros para turismo rural”, apresentado pela Logradouro, recebeu um apoio comunitário de 137,3 mil euros, continua o Eco.

Ou seja, a empresa que tem como sócia minoritária a líder de um partido anti-europeísta teve um investimento financiado por fundos europeus.

A mesma fonte do Bloco de Esquerda salientou que a participação de Catarina Martins na Logradouro consta nos registos de interesses entregues ao Parlamento e ao Tribunal Constitucional, pelo que não existe incoerência entre o discurso do partido e os investimentos da líder.

 

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