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Catarina Martins espera reforço do BE na Madeira e está disponível para geringonça

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, disse hoje esperar que o partido saia reforçado nas eleições legislativas da Madeira, em 22 de setembro, e mostrou-se disponível para repetir uma geringonça no arquipélago.

“O Bloco de Esquerda está disponível para todas as soluções exigentes que puxam pela vida das pessoas”, disse a líder partidária, quando questionada pela Lusa sobre uma possível geringonça na Madeira.

Sobre a prestação do partido nas regionais, Catarina Martins disse esperar que “saia um Bloco de Esquerda reforçado e que o reforço do BE seja o início de uma mudança profunda na Madeira”.

“Bem precisamos de outra solução que afaste o PSD e que possa responder pelas pessoas. O BE não faltará a essa solução exigente e não haverá uma mudança exigente sem o BE”, disse à Lusa.

A líder do BE falava em Câmara de Lobos, na Madeira, onde chegou hoje para sensibilizar o eleitorado para a necessidade do voto no BE nas eleições regionais do dia 22 de setembro e nas nacionais de 06 de outubro.

No seu discurso, perante cerca de 200 militantes e simpatizantes, Catarina Martins lembrou que, no domingo, comemoram-se 40 anos que foi assinado o decreto-lei que criou o Serviço Nacional de Saúde e que permitiu também a criação do Serviço Regional de Saúde.

“Quando falamos da falta de investimento e de direito à saúde, lembramo-nos da luta que é para ter um novo hospital no Funchal e da responsabilidade do Governo da República e da Região” no atraso dessa construção, frisou.

“O hospital do Funchal é uma questão de dignidade. Num país que está envelhecido, em que há mais doenças crónicas, em que há uma maior esperança de vida, o Serviço Nacional de Saúde não pode enfraquecer, tem de ficar cada vez mais forte para responder aos novos desafios”, acrescentou.

Catarina Martins lembrou ainda que a “última legislatura acabou com o debate sobre a nova Lei de Bases da Saúde” e que a próxima vai começar a debater também os meios a dar ao SNS “para que toda a gente tenha a melhor prestação de cuidados de saúde”.

“As escolhas na Madeira e na República vão ser em grande medida sobre a saúde”, afirmou, questionando se se deve continuar a financiar grupos privados ou reforçar o SNS.

Catarina Martins enumerou ainda as medidas pelas quais o BE lutou nos últimos quatro anos, como o descongelamento dos salários, o aumento das pensões mais baixas e a subida do salário mínimo nacional em 20 por cento, entre outros.

Afirmando que ainda faltam muitas outras medidas, defendeu que são precisos “investimentos nas infraestruturas, nos serviços públicos que servem todos, uma lei do trabalho que defenda os salários e uma Segurança Social que permita o acesso à reforma por inteiro de quem trabalhou toda uma vida”.

As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.

PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.

Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta – com que sempre governaram a Madeira – por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.

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