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Catarina Martins diz que Bloco alcançará “a força para ser parte de um governo quando o povo quiser”

A coordenadora do BE, Catarina Martins, manifestou hoje a certeza de que o partido alcançará “a força para ser parte de um Governo quando o povo quiser”, considerando que “tudo está em aberto”.

“Não nos perguntem por isso se queremos fazer parte do próximo governo que ainda não foi eleito, porque temos a certeza de que alcançaremos a força para ser parte de um governo quando o povo quiser”, sublinhou Catarina Martins já na reta final da sua intervenção no encerramento da XI Convenção Nacional.

A pergunta que a coordenadora do BE reconduzida disse preferir é “se é possível agora um governo que cumpra a saúde, a escola, as pensões, o emprego”.

“E a nossa resposta é que sim, que é difícil mas que é necessário e que trabalhamos para isso”, assegurou.

Antecipando o próximo ciclo político, nas eleições europeias, nas regionais da Madeira, nas legislativas e todos os dias, o partido promete que vai “à luta”.

“Não é no gabinete que se decide o futuro. É o povo que o constrói e tudo está em aberto”, disse.

Parte do discurso de quase meia hora de encerramento de Catarina Martins foi dedicado a elencar as cinco “grandes reformas restruturais de que Portugal precisa” depois dos “passos importantes” dados nestes três anos de legislatura.

“A primeira grande reforma estrutural é restabelecer o consenso constitucional sobre o serviço nacional de saúde, com uma lei de bases que devia ser aprovada em 2019”, pediu.

A segunda grande reforma que se impõe, para a líder do BE, “é a da demografia”. Catarina Martins aproveitou para criticar a “os arautos da direita” por se queixarem da baixa natalidade depois de terem imposto condições que dificultavam que as mulheres tivessem filhos, sendo a reforma que é precisa “exatamente o contrário” do que a direita fez.

“A terceira reforma estrutural a que hoje me quero referir é a do combate às alterações climáticas”, enumerou ainda.

Já a quarta linha que Catarina Martins apontou foi a do sistema de crédito e dos bens comuns, recordando que “depois de trinta anos de privatizações da energia e da banca”, a conta das perdas “é demasiada” e por isso é preciso “o seu controlo público”.

Por fim, mas com grande destaque, a líder bloquista defendeu um “salto de qualidade na democracia”, considerando que a entidade da transparência, proposta pelo BE e que está em debate na comissão, “não pode passar desta legislatura”.

“Disse há dois anos, no fim da convenção anterior, que toda a política é luta pelo poder e pelo Governo. Aqui está, esta é a nossa luta pelo governo”, sintetizou.

Com o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, na plateia, entre os convidados no encerramento da convenção, Catarina Martins lembrou que uma “das lutas do dia de hoje” que “é persistente e está num impasse com o governo” tem a ver com a questão do descongelamento das carreiras dos professores.

“Por isso, às professoras e aos professores dizemos que não os abandonamos, que queremos derrotar o decreto-lei com a imposição governamental do corte das suas carreiras. Contam connosco, o tempo de carreira é o tempo de carreira”, prometeu.

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