Castelo Branco em risco de terminar ciclo de 18 anos sem abate de animais
O município de Castelo Branco poderá interromper um histórico ciclo de 18 anos sem abates de animais no concelho, alertou hoje o Pessoas Animais Natureza (PAN).
De acordo com o partido, a autarquia cessou um protocolo com uma associação zoófila da cidade que colaborava na implementação das políticas municipais de bem-estar e proteção animal.
Para que esse ciclo de 18 anos sem abates não seja interrompido, o deputado do PAN, André Silva, vai à Câmara de Castelo Branco na próxima quinta-feira, pelas 10h30, para reunir com Luís Manuel dos Santos Correia, a fim de tomar conhecimento de como pode o partido ajudar um município que se debate com um problema de falta de infraestrutura própria (Centro de Recolha Oficial de Animais) e cujas políticas públicas de proteção e bem-estar animal estão a ser repensadas.
Todos os dias o PAN recebe dezenas de denúncias sobre maus tratos a animais por parte das próprias autarquias. Sabendo que há bons exemplos de práticas municipais de bem-estar e proteção animal, com a concertação de esforços e de estratégia corretas, o partido pretende contribuir para que o município de Castelo Branco continue a fazer parte desta lista.
A reunião pretende ser um ponto de partida para que se encontrem pontes que permitam resolver esta problemática e evitem a regressão de um município que tem sido referência nesta matéria.
No mesmo dia, André Silva, visita também o Centro Intermunicipal de Recolha de Animais Errantes de Proença-a-Nova, um dos maiores dos pais, para perceber se a capacidade desta estrutura está preparada para dar resposta aos desafios dos vários municípios protocolados.
“O grau de civilização de uma determinada sociedade também se mede pela forma como trata os animais. É preciso tornar consequente a Lei n.º 27/2016, recentemente aprovada, que estabelece o fim dos abates em canis municipais como política de controlo populacional. O objetivo é criar condições suplementares para evoluir nesta matéria, não o contrário”, afirmou o deputado, num comunicado emitido pelo partido.
“Para além das centenas de queixas que o PAN tem recebido sobre o que se está a passar em Castelo Branco, a vontade dos cidadãos é evidente e expressa na petição sobre este assunto, que reuniu cerca de 5500 assinaturas em mais de uma semana”, acrescentou.